segunda-feira, 14 de março de 2016

DISCIPULADO - AULA 04- SUPERANDO CONFLITOS E DÚVIDAS - CICLO BÁSICO



SUPERANDO CONFLITOS E DÚVIDAS

1. SUPERANDO CONFLITOS

1. Superando Conflitos 

    Conflito é uma guerra de embate de opiniões ou posições contrárias. O novo convertido é uma pessoa que mudou de estado espiritual; outrora ele só tinha a natureza carnal ou velha natureza. Quando aceitou a Cristo, passou a ter a natureza de Cristo. Com a sua permanência em Cristo, o Espírito Santo lhe dará constantes vitórias sobre a velha natureza, como também lhe ensinará como se comportar em determinadas situações conflituosas. Citaremos alguns dos principais conflitos que o novo crente enfrenta: 

1.1 Lembrança do passado pecaminoso 

   A infalível palavra de Deus nos afirma que o Diabo é nosso acusador de dia e de noite diante de Deus (Ap 12.10). E muitas pessoas já salvas cobrem-se de vergonha ao lembrar dos seus terríveis pecados cometidos no passado. O que devemos fazer é preencher as nossas mentes com a palavra de Deus, a fim de que essas cadeias sejam rompidas e se viva plenamente que “as coisas velhas já passaram, e eis que tudo se fez novo” (II Co 5.17); e ainda: “Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrei” (Jr 31.34).

1.2 Temor de Identificar-se publicamente com Cristo 

   Pessoas que aceitaram a Jesus e até crentes mais antigos sentem esse receio. Este caso tem muito a ver com o temperamento de cada indivíduo e as situações que lhe cercam. O apóstolo Paulo enfrentou este tipo de problema, pois ele mesmo registrou. “E foi em fraqueza, temor e grande tremor que estiver entre vós” (I Co 2.3). Agora notemos que ele também não se deixou dominar pelos sentimentos que porventura estavam querendo lhe aprisionar. Não se deixou dominar e deu seu testemunho quando aconselhou o jovem Timóteo, dizendo: “Deus não nos deu espírito de covardia...” (II Tm 1.7).

1.3 Forte oposição da família e amigos quanto ao evangelho (Mt 10.36,37) 

   Em alguns casos, fatos como este que Jesus citou podem ocorrer, mas é necessário que nos sobrevenham tentações e provações para pôr em prova o nosso amor pelo Senhor Jesus. Pois no mundo teremos aflições, mas devemos ter bom ânimo porque Jesus venceu o mundo para nos garantir a vitória (Jo 16.33). Não devemos deixar que a oposição dos parentes e amigos nos envolva, para que não nos sobrevenham mágoas, rancores, confusões e consequentemente escândalos.

 1.4 Problemas de ordem intelectual

    Alguns têm se deixado levar por este tipo de problema em dois polos totalmente diferentes. De um lado existem aqueles que julgam-se cultos demais ao ponto de acharem o evangelho coisa para pobres e ignorantes. Do outro lado, existem aqueles que por não possuírem um grau elevado de cultura, se inferiorizam e não pesquisam, não buscam o conhecimento na palavra e por isso, não progridem na fé. 

 1.5 Crer que a conversão resolve todos os problemas da vida

    Disse Jesus: “Buscai primeiro o Reino de Deus e a Sua justiça, e toda as coisa vos serão acrescentadas” (Mt 6.33). Quando aceitamos a Cristo, o nosso único interesse além de servi-lo, é chegarmos ao céu. Servir a Deus por interesse, seja financeiro, de saúde ou qualquer outro semelhante, é perder tempo, pois o Senhor esquadrinha e conhece a todos os nossos intentos. Obedecendo a Deus teremos a recompensa material que nos serão acrescentadas. Devemos servir a Deus para obter o céu e não bens materiais. “Os bens terrenos todos são efêmeros, fique contente com o que Deus lhe deu. Você é salvo e prá quem é salvo, melhor é ter um tesouro no céu” (Joel Barros).

2.  Superando Dúvidas

     Dúvida é incerteza sobre a realidade de um fato; dificuldade em crer. No mundo em que vivemos estamos sempre cercados por situações que nos levam a fazer indagações, e sem respostas almejadas ficamos em situações embaraçosas, partindo daí para os conflitos interiores e consequentemente a depressão, que é por sinal uma grande arma do Diabo para destruir nossas vidas, nos seus mais variados aspectos, principalmente no que diz respeito às coisas espirituais.
    
      Vários são os motivos que nos levam a ficar sem respostas das nossas dúvidas. Citaremos entre tantos os dois principais que são: Timidez e medo que aparentemente, sendo a mesma coisa, contudo, um é consequência do outro. Estes dois motivos, embora sejam fatores de ordem psicológica, e nasçam em nós sem que percebamos, são vencidos em nós pela oração.
     
      Vencendo a timidez e o medo você deu um grande passo em sua vida, que certamente lhe levará a ver portas e janelas outrora fechadas, agora abertas. Mas que agora com a visão da certeza, da solidez e acima de tudo da fé, partiremos para a dimensão de novas conquistas. É natural que na sua nova vida surjam dúvidas, mas a poderosa palavra de Deus está aí para solucioná-las e esclarecê-las. As principais dúvidas que surgem no novo convertido, são:

 2.1 Dificuldade em ter certeza de salvação 

    É natural que o inimigo das nossas almas lance dúvidas sobre a nossa salvação, pois ele jamais ficará satisfeito com a sua nova decisão. Você era escravo do pecado, hoje, servo do Senhor Jesus, por isso a maior arma para lhe desestimular é colocar em sua mente a dúvida da salvação.

 2.2 Será que terei forças para vencer as tentações?

     Nenhuma tentação provém de Deus, pois Deus a ninguém tenta (Tg 1.13). Se Deus não nos tenta, é óbvio que o tentador é unicamente o Diabo, que nos tenta pelas nossas próprias paixões (Tg 1.14), mas não há tentação que não seja humana, porém Deus é fiel e nos dará escape (I Co 10.13). Devemos, contudo, nos sujeitar a Deus e resistir ao Diabo e ele fugirá de nós (Tg 4.7). 

 2.3 Dificuldade em perdoar mágoas sofridas

     Magoar é Ferir, pisar, ofender, injuriar, desconsiderar, etc. Perdoar é Desculpar, absolver, esquecer a dívida, a pena, a culpa. Vivemos cercados por pessoas de todo o tipo, e sofremos impactos de preconceitos vários, e muitas dessas pessoas são as que mais amamos e confiamos; até que um dia nos decepcionamos por uma atitude ou por um comportamento, ou ainda por uma palavra dessa pessoa em relação a nós. Com a decepção gera-se a mágoa, a mágoa por sua vez gera a ferida e a ferida causa a amargura. Nos vemos numa situação difícil e embaraçosa, pois as pessoas que mais amamos, são justamente elas que as vezes nos trazem tais sentimentos; um estranho nunca magoa outro estranho, e a mágoa é diretamente proporcional ao grau de admiração e afeição que temos com a pessoa relacionada. Se guardarmos tais sentimentos, começará, então, a desencadear uma série de consequências desagradáveis em nossa vida, e o Diabo, a esta altura já estará vibrando; pois ele sabe que tais sentimentos entristecem o Espírito Santo e impede o nosso crescimento espiritual, cria divisão e as bênçãos de Deus ficarão retidas (ver Hb 12.15).

    No momento de ira é comum ouvir-se a expressão: “Jamais o perdoarei”. Mas é neste momento que devemos policiar nossas palavras, porque do contrário, os ensinamentos do Senhor Jesus serão contrariados. Veja como Jesus ensina a orar o “Pai Nosso” em Mt 6.9-13, observemos a frase no versículo 12 do referido capítulo e livro, quando Ele diz: “Perdoa as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores”. Esta oração nos traz grandes ensinamentos:

    2.3.1 Devemos ser sinceros quando falarmos com Deus, pois Ele é Onisciente e sabe todas as coisas. Portanto, orar desta maneira e com o coração cheio de ira é mentir e ninguém pode enganar a Deus.

    2.3.2 A palavra “também” indica que nós estamos requerendo de Deus o perdão, pois desta maneira nós também fazemos, ou seja, perdoamos.

    2.3.3 Se não perdoarmos a quem nos ofende, jamais obteremos o perdão de Deus (confira Mt 18.23-25). É inútil orarmos a Deus desta maneira, pois como citamos acima, Deus sabe todas as coisas. 

   Na epístola aos Hebreus, capítulo 12 e versículo 15, observaremos que esse texto nos mostra que toda raiz de amargura deve ser arrancada de nossos corações, antes que ela se torne uma árvore frondosa e forte. O que queremos dizer é que será mais difícil arrancar uma árvore do que extrair uma pequena raiz que nem sequer brotou, e além do mais, as consequências são imprevisíveis, uma vez que todo o seu ser (corpo, alma e espírito) foi contaminado com ódio e rancor, abrindo assim, uma grande fenda para o nosso adversário entrar e tentar estragar o que o Mestre semeou.

   Devemos seguir a recomendação que encontramos nas Sagradas Escrituras:
“Fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé...” (Hb 12.2), porque Jesus foi ferido, rejeitado, desprezado e humilhado (Is 53.1-10); acusado (Mt 12.24); odiado (Lc 23.21), e finalmente na hora da dor extrema no alto de uma cruz foi abandonado e esquecido. No entanto, esquecendo-se de si mesmo, mais uma vez rogou ao Pai, intercedendo pelos seus algozes dizendo: “Perdoa-lhe, pois não sabem o que fazem” (Lc 23.34). Portanto, vamos seguir o exemplo do nosso Mestre e perdoar todos aqueles que nos feriram, não permitindo que nenhuma semente de amargura venha brotar em nossos corações.

2.4 Que fazer para fortalecer a minha fé?

 A Bíblia nos ensina que a fé vem pelo ouvir a palavra de Deus (Rm 10.17); é importante frequentes leituras bíblicas e ir à Igreja para que ouvindo testemunhos de fé, adquira experiências e a fé necessária para permanecer firme na obra de Deus.

 2.5 Devo correr para recuperar o tempo perdido?

 Esse fato não deve jamais preocupar o crente, pois os primeiros serão os derradeiros (Mc 9.35). O que importa é que você é uma nova criatura e servo do Deus Vivo. 

2.6 Manterei as antigas amizades?

 Não devemos ficar mal com ninguém, pois devemos seguir a paz com todos (Hb 12.14);  Mas aquele que não tem comunhão com Deus não serve para ser nosso amigo mais chegado e nem tampouco devemos andar com os tais (I Co 15.33). Amar a todos não significa conviver com todos.






1 comentários:

dakarrifabbro disse...

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