terça-feira, 19 de julho de 2016

LIÇÃO 04 – O TRABALHO E O ATRIBUTOS DO GANHADOR DE ALMAS 3º TRIMESTRE DE 2016 (At 8.26-40)




 LIÇÃO 04 – O TRABALHO E O ATRIBUTOS DO GANHADOR DE ALMAS 3º TRIMESTRE DE 2016 (At 8.26-40)

INTRODUÇÃO
Todo cristão pode e deve ser um ganhador de almas, pois, a chamada para pregar o Evangelho é coletiva. No entanto, alguns receberam um chamado para exercer o ministério de evangelista, que trata-se de uma chamada específica. Nesta lição, veremos a diferença entre o evangelista (dom ministerial) e o evangelizador (pregador do Evangelho); explicaremos sobre a necessidade do preparo espiritual para pregar o evangelho; e, finalmente, citaremos qual deve ser o sentimento do evangelizador.
 I – O EVANGELISTA E O EVANGELIZADOR Vejamos a definição, exemplos e atribuições de cada um deles:

1.1 O Evangelista. O evangelista é um “obreiro especialmente vocacionado, a fim de proclamar o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. É um dom ministerial conferido pelo Espírito Santo, através do qual o obreiro cristão é impulsionado a proclamar de maneira sobrenatural a mensagem do evangelho. Em Efésios 4.11, o dom de evangelista é apresentado como o segundo dom ministerial” (ANDRADE, 2014, p. 177). A palavra evangelista vem do grego “euangelistes”, que literalmente significa: “mensageiro do bem” ou “mensageiro de boas novas”, (formado de “eu” que é “bem”, e “angelos” que é mensageiro”). Denota “Pregador do Evangelho; Mensageiro de Boas Novas” (At 8.5,26,40; 21.8), por isto, podemos dizer que os missionários são verdadeiros ganhadores de almas por serem essencialmente pregadores do Evangelho. O tema principal dos evangelistas é a salvação dos perdidos e a volta dos desviados. Paulo também era um evangelista (1Co 1.17), bem como também Timóteo: “... faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério” (2Tm 4.5). Uma das características de quem recebe este dom ministerial é a total renúncia e inteira dedicação ao evangelismo. Vejamos algumas características dos evangelistas:
 Os evangelistas eram os missionários da igreja primitiva (At 8.5,26,40; 21.8; Ef 4.11; 2Tm 4.5);
 Os evangelistas eram ministros especiais do evangelho, com poderes quase apostólicos como os casos de Felipe (At 21.8) e Timóteo (2Tm 4.5);
 O vocábulo missionário, conforme é usado em nossa época, está mais próximo da ideia dos evangelistas dos dias do NT, do que a palavra “evangelistas” quando aplicada a pregadores itinerantes, que fazem das igrejas locais o centro de suas atividades (CHAMPLIN, 2004, p. 606).

1.2 O Evangelizador. É todo e qualquer cristão que está cumprindo o Ide de Jesus de pregar o Evangelho a toda criatura. Todos os crentes, sem exceção, receberam esta incumbência (Mt 10.8; 28.19,20; Mc 16.15; At 1.8). Esta obra, só os salvos podem fazer. Jesus disse aos doze: “… de graça recebestes, de graça dai” (Mt 10.8). Nem mesmo os anjos podem evangelizar. Um anjo disse ao centurião Cornélio: "… manda chamar a Simão. Ele te dirá o que deves fazer” (At 10.5,6). Outro anjo, disse a Filipe que ele descesse ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, para pregar para o eunuco (At 8.26). Vejamos alguns exemplos bíblicos de evangelizadores:
  Os discípulos de Jesus. André, que era discípulo de João Batista, depois de ter um encontro com Jesus, pregou as Boas Novas para seu irmão Simão Pedro e o levou a Jesus (Jo 1.39-42). Filipe, depois de haver sido convidado pelo Mestre para segui-lo (Jo 1.43), logo anunciou a mensagem para Natanael, dizendo: “... Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na Lei e de quem escreveram os Profetas: Jesus de Nazaré, filho de José” (Jo 1.45), e o levou a Cristo (Jo 1.46,47).
 O gadareno. Depois de ser totalmente liberto por Jesus, ele desejou ser um dos seus seguidores (Mc 5.18; Lc 8.38). Mas, Jesus lhe deu a incumbência de ir pregar para sua família: “Vai para tua casa, para os teus e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez e como teve misericórdia de ti” (Mc 5.18). E ele foi, começou a pregar em Decápolis (uma região onde havia dez cidades próximas) e todos se maravilhavam (Mc 5.20; Lc 8.39).
 A mulher samaritana. Depois de salva por Jesus, junto ao poço de Jacó, foi impelida a ir à cidade de Samaria e pregar a Palavra dizendo: “Vinde e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito; porventura, não é este o Cristo?” (Jo 4.29). Os homens atenderam ao seu convite e foram ter com Jesus (Jo 4.30). “E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra. E diziam à mulher: Já não é pelo que disseste que nós cremos, porque nós mesmos o temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo” (Jo 4.41,42).

 II – O PREPARO ESPIRITUAL DO EVANGELIZADOR Pregar o evangelho não é uma tarefa fácil. Exige jejum, oração e leitura da Palavra de Deus, como veremos a seguir:

2.1 Oração. Ninguém poderá se tornar um autêntico ganhador de almas se não dedicar tempo a oração. O próprio Jesus, antes de iniciar o seu ministério, passou quarenta dias jejuando e orando (Mt 4.1,2; Lc 4.1,2) e dedicou grande parte do seu ministério a oração (Mc 1.35; Lc 5.16; 22.41). A oração abre portas e remove barreiras. A Igreja nasceu em oração, e é nesse ambiente que ela cresce e se desenvolve (At 1.14; 2.42,46; 3.1; 4.24-31; 10.9; 12.5; 16.25; 22.17; Fp 1.4; 1Ts 1.2; 2Tm 1.3). Quando o ganhador de almas vive uma vida de oração, o seu trabalho tem êxito. Quando oramos, Deus nos dá uma visão das almas que precisam ser evangelizadas (At 10.9-20; 16.9). Por isso, devemos orar:
 Por quem está fazendo este trabalho (Ef 6.19; Cl 4.3; 2 Ts 3.1);
  Para que Deus desperte outros para fazer esta obra (Mt 9.38);
  Para Deus abrir o coração dos pecadores (At 16.14; Rm 10.1);
  Para Deus firmar os novos convertidos (1Co 3.6; 1Ts 2.7-11);
 Para vencer os desafios contra a obra (At 4.24-31).

 2.2 Jejum. O jejum é a abstinência parcial ou total de alimentos com finalidades específicas. Essa prática vem desde o AT onde o povo de Israel jejuava por diversas razões (Jz 20.26; 1Sm 7.6; 2Sm 1.12; 12.16; Ed 8.21; Ne 1.4; Et 4.3,16; Sl 69.10). A prática do jejum também é mencionada nas páginas do NT. O próprio Jesus jejuou quarenta dias (Mt 4.1,2; Lc 4.1,2). A igreja de Antioquia é uma clara demonstração de que os crentes primitivos jejuavam, assim como o apóstolo Paulo também (At 10.30; 13.2,3; 14.23; 2Co 6.5; 11.27). Certa ocasião, um homem trouxe o seu filho que estava possesso por demônios, para que os discípulos de Jesus o libertasse. Porém eles não puderam libertá-lo. Depois que Jesus libertou o jovem, eles perguntaram ao Mestre porque eles não puderam expulsar o demônio. E Jesus lhes respondeu: “Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum” (Mc 9.29).

2.3 Estudo da Palavra de Deus. O conhecimento da Palavra de Deus é um requisito importantíssimo para o ganhador de almas. O conhecimento nos capacita a utilizar no tempo certo a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus (Ef 6.17). Devemos conhecer toda a Bíblia, pois “Toda Escritura inspirada e é proveitosa para ensinar, corrigir, redarguir...” (2Tm 3.16). Quando o crente tiver esse conhecimento, poderá se tornar poderoso nas Escrituras, como Apolo (At 18.24). E, como consequência, os resultados serão os mais extraordinários, pois a Palavra de Deus é viva e eficaz e não volta vazia (Is 55.11; Hb 4.12). Assim, os pecadores não poderão resistir ao poder da Palavra (At 6.10). Somente quando o ganhador de almas possuir o conhecimento da Palavra é que poderá conduzir as almas a Cristo (At 18.28). Vejamos alguns textos apropriados para evangelizar:
  Todos os homens estão debaixo do pecado (Is 53.6; 64.6; Rm 3.23; 5.12,19; 6.23);
 A provisão divina para nossa salvação (Jo 3.16,17; Rm 5.8; 2Co 5.18-21; Ef 2. 1-10);
  A necessidade da fé para ser salvo (At 10.43; 16.31; Rm 3.25,28; 5.1);
 A necessidade do arrependimento, da conversão e do novo nascimento (Mc 1.15; At 2.38; 3.19; 17.30);
 As consequências da incredulidade e da rejeição a Cristo (Jo 3.18,36; Hb 2.3; 10.28,29)
 Como receber a Jesus (Jo 1.12; Rm 10.9,10; Ap 3.20).

III – O SENTIMENTO DO GANHADOR DE ALMAS

O sentimento do evangelizador deve ser o mesmo de Cristo: amor e compaixão pelas almas (Mt 9.36; 14.14; Mc 6.34; 8.2; Lc 7.13; Jo 10.11). Por isso, todo o seu ministério foi dedicado à conquista dos pecadores (Jo 4.34), pois Ele as via como ovelhas que não tem pastor (Mt 9.36) e como doentes que necessitavam de médicos (Mt 9.12). O amor pelas almas é o resultado de uma comunhão íntima com Deus (1Jo 4.19,20), bem como do conhecimento da perdição do pecador (Rm 6.23). O amor de Deus, derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5.9), nos impulsiona poderosamente a levar as Boas Novas aos perdidos (2Co 5.14). Assim, o ganhador de almas, como o apóstolo Paulo, não deve temer prisões, tribulações e nem mesmo a morte (At 21.13), mas, seu desejo é cumprir com alegria a sua carreira de testificar do evangelho da graça de Deus (At 20.23,24).

CONCLUSÃO

 Como pudemos ver, nem todos os crentes são evangelistas, no sentido de dom ministerial, mas todos podem ser evangelizadores. Mas, para ser um verdadeiro pregador do evangelho é necessário ter um preparo espiritual através da oração, do jejum e do estudo da Palavra de Deus. Além disso, o ganhador de almas deve ter um profundo amor pelos pecadores, como Jesus, que deu a sua vida por nós.

REFERÊNCIAS  ANDRADE, Claudionor Correa de. Dicionário Teológico. CPAD.  ANDRADE, Claudionor Correa de. O Desafio da Evangelização. CPAD.  BÍCEGO, Valdir. Manual de Evangelismo. CPAD.  GILBERTO, Antonio. A Prática do Evangelismo Pessoal. CPAD.  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Leia Mais... »

JESUS TE AMA



JESUS TE AMA !!!!


Você já deve ter ouvido e/ou lido muitas vezes a frase: "Jesus Te Ama"!
É uma frase tão usada, tão falada, tão escrita, tão divulgada... Mas você já parou para pensar no significado dessa frase? Tudo bem... você já sabe que Jesus te ama, não sabe? Sabe? Sabe mesmo? Por que Jesus te ama? Você sabe?
Jesus te amou antes da fundação do mundo! Antes que você existisse, Jesus te amou. Ele te amou sendo completamente Deus e completamente homem. Jesus te ama tanto, que morreu por você!!! Ele não morreu por você sendo "Deus". Ele morreu por você sendo "homem". Ele viveu por você, Ele sofreu por você. Por amar você,.. Quando você nem havia nascido. Ele te amou... Ele te ama!!!
Mas... por que tudo isso???? Por que tanto amor, por que tanto sofrimento, por que foi preciso que Jesus morresse por você?
Para você ter vida! Mas não essa sua vida que você vive. Mas para você ter vida eterna.
Ele sofreu, o que era para eu e você termos sofrido em Seu lugar. Ele deu a vida dEle, para que você tenha vida!

Agora você consegue entender por que Jesus te ama? Não... não há argumento, não há explicação, sempre vamos perguntar "mas porquê?"
O amor de Jesus por você, é um amor tão grande, mas tão grande, que a Bíblia - que é a Palavra de Deus - diz que esse amor excede todo entendimento.
Não tente entender o amor de Jesus por você! Apenas VIVA esse amor!!! Quem mais te amaria dessa forma? Seus pais? Seu companheiro(a)? Você mesmo?
Ele - Jesus Cristo - te ama muito mais!
É ÚNICO em Amor, em Excelência e em SALVAÇÃO!
No amor de Jesus, há Salvação. Muitos outros podem até amar .... mas nenhum outro pode te SALVAR!
Vem cá... Algum outro morreu e ressuscitou?
Jesus te ama tanto, a ponto de morrer por você, para te SALVAR! Ele morreu por você sim!! Mas Ele ressuscitou. E hoje Ele VIVE!!!
E está pronto para te receber...
Entregue sua vida, seu coração, seus caminhos, seu amor, para Jesus,.. Faça valer a pena sua vida! Você vive para quê? Você veio de onde? Você vai para onde?
Deus te abençoe!
Leia Mais... »

quarta-feira, 30 de março de 2016

MARAVILHOSA GRAÇA - LIVRO BASE DA LIÇÃO DE ESCOLA DOMINICAL 2º TRIMESTRE 2016

Leia Mais... »

LIÇÃO 01 – A EPÍSTOLA AOS ROMANOS - 2º TRIMESTRE DE 2016


LIÇÃO 01 – A EPÍSTOLA AOS ROMANOS - 2º TRIMESTRE DE 2016
(Rm 1.1-17)

INTRODUÇÃO

A lição deste segundo trimestre de 2016 tem como título: “Maravilhosa Graça – O Evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos”, onde teremos a oportunidade de estudar treze lições baseadas na epístola aos Romanos, considerada pelos teólogos como a Teologia Sistemática de Paulo. Nesta primeira lição, traremos importantes informações acerca desta epístola tais como: autoria, destinatários, assunto e propósito; destacaremos a importância desta do ponto devista bíblico, teológico e histórico; falaremos um pouco sobre a grande cidade de Roma e como provavelmente o evangelho chegou a ela; e, por fim, elencaremos os principais assuntos bíblico teológicos ensinados por Paulo nesta epístola.

I – INFORMAÇÕES SOBRE A EPÍSTOLA AOS ROMANOS

1.1 Autoria. Há evidências internas e externas acerca da autoria paulina de Romanos. A epístola reivindica a autoria paulina (Rm 1.1). Os escritos paulinos geralmente seguem este padrão (I Co 1.1; II Co 1.1; Gl 1.1; Ef 1.1; Fp 1.1; Cl 1.1; I Ts 1.1; II Ts 1.1; I Tm 1.1; II Tm 1.1; Tt 1.1; Fm 1.1). “Pais da igreja como Eusébio, Irineu, Orígenes, Tertuliano e Clemente dão pleno testemunho da autoria paulina de Romanos” (LOPES, 2010, p. 17). É interessante destacar que Paulo foi o autor, porém Tércio foi o escritor desta epístola (Rm 16.22); e, Febe, uma cooperadora de Cencréia, foi a pessoa que levou a epístola aos cristãos de Roma (Rm 16.1).

1.2 Destinatários. Após identificar-se como autor da epístola (Rm 1.1), Paulo saúda os cristãos para quem ele está escrevendo, chamando-os de amados de Deus e santos (Rm 1.7). O apóstolo elogia a fé destes cristãos (Rm 1.8), deixa claro que esta igreja assim como as demais são alvo da sua intercessão (Rm 1.9,10) e de seu desejo de vê-los para compartilhar com eles de algum dom espiritual com a finalidade de lhes trazer conforto e consolo (Rm 1.11,12).

1.3 Data e Lugar. “A carta aos Romanos provavelmente foi escrita em 57 d.C.” (ADEYEMO, 2010, p. 1383). A cidade de Corinto é o local mais provável onde a carta foi escrita. Quando Lucas nos conta que Paulo passou três meses na Grécia At 20.3), o mais provável é que o apóstolo tenha ficado em Corinto (II Co 13.1,10). “A confirmação de que esta cidade foi o local de composição da epístola acha-se na recomendação que Paulo faz de uma mulher que vivia em Cencréia, uma cidade vizinha de Corinto (Rm 16.1-2); e o irmão Gaio que manda saudações em (Rm 16.23) pode ser o mesmo que Paulo batizou em Corinto (I Co 1.14)” (CARSON, et al. 2007, p. 270 – acréscimo nosso).

1.4 Assunto. “O tema central de Romanos é a revelação da justiça de Deus ao homem e a aplicação desta à sua necessidade espiritual. O seu tema é, assim, basilar em toda a experiência cristã, pois ninguém pode entrar em contato com Deus senão depois de estabelecida uma via de acesso adequada” (TENNEY, 1995, p. 318).

1.5 Propósitos. Pode-se elencar pelos menos dois propósitos do apóstolo Paulo com a epístola aos romanos: (a) apresentarse para as pessoas que, em sua maioria, somente tinham ouvido falar dele; (b) expor aos romanos seu entendimento a respeito do evangelho e prepará-los para sua futura visita, quando estivesse a caminho da Espanha (Rm 15.22-24). Segundo Lopes (2010, p. 36) “a epístola aos Romanos não foi escrita prioritariamente para corrigir algum problema na igreja de Roma, mas para fazer uma apresentação e uma defesa do evangelho. Romanos é um tratado teológico”.

II – A IMPORTÂNCIA DA EPÍSTOLA AOS ROMANOS

Algumas partes da Bíblia contêm mais verdades doutrinais que outras, como a Epístola aos Romanos, embora todas
as Escrituras sejam inspiradas por Deus e úteis. Alguns estudiosos discutiram a reivindicação de que esta epístola seja a
parte principal do Novo Testamento:“aprende-se a conhecer o que é o evangelho, o que é o conteúdo da fé cristã, na
Epístola aos Romanos, melhor do que em qualquer outra parte do Novo Testamento' (BEACON, 2006, p. 21).

2.1 A importância bíblica. A epístola de Paulo escrita aos Romanos está organizada na nossa Bíblia encabeçando as
demais epístolas paulinas. Isto se deve não somente ao fato de que ela é a maior em capítulos, senão também pelo fato de
tratar de assuntos extremamente vitais da fé cristã. Lutero chegou a dizer: “Se tivéssemos de preservar somente o evangelho
de João e a epístola aos Romanos, ainda assim o cristianismo estaria a salvo” (LUTERO apud ANDRADE, sd, p. 51).

2.2 A importância teológica. De todos os tratados teológicos paulinos, a epístola aos Romanos destaca-se como o mais
abrangente e profundo deles. Em nenhum outro livro encontramos a Soteriologia (doutrina da salvação) tão bem explicada
como nessa epístola. Segundo Merril (1995, p. 320) “a Epístola aos Romanos tem sido há muito a espinha dorsal da
teologia cristã. A maior parte dos termos técnicos desta, como justificação, imputação, adoção e santificação, é extraída do
vocabulário de Romanos, cuja estrutura de argumentação constitui a coluna vertebral do pensamento cristão”. Acrescentese
ainda que “os cristãos usam comumente esse tipo de epístola como teologia sistemática de Paulo — uma declaração
clássica e atemporal da fé cristã e, em particular, do evangelho” (DEVER, 2012, p. 157).

2.3 A importância histórica. A epístola aos Romanos exerceu forte influência sobre a história da Igreja de Cristo. É digno
de nota que “a conversão de Agostinho aconteceu com a leitura de Romanos. O ponto de partida para a reforma de Martinho Lutero foi Romanos 1.17: “O justo viverá por fé”. John Wesley, fundador do metodismo, converteu-se ao ouvir alguém ler o comentário de Lutero sobre Romanos. Essa epístola é um relato que todos os cristãos devem entender”
(WIERSBE, 2004, p. 392 – acréscimo nosso).

III – ROMA E A CHEGADA DO EVANGELHO

3.1 A cidade de Roma. “Roma era a capital do vasto e poderoso Império Romano, um império que se estendia da Britânia
à Arábia. Fundada em 753 a.C., por Rômulo e Remo, Roma estava estrategicamente localizada no rio Tibre como uma
passagem indispensável para viajar entre o norte e o sul da Itália. Nos dias de Paulo, Roma era a maior cidade do mundo,
com uma população de aproximadamente um milhão de pessoas. Rica e cosmopolita, a cidade era o centro diplomático e
comercial do mundo” (APLICAÇÃO PESSOAL, 2010, vol. 02, p. 11 – acréscimo nosso).

3.2 O surgimento da Igreja em Roma. “Os fundadores da igreja em Roma não são conhecidos. Ela não foi iniciada por
Pedro - seu ministério era voltado aos judeus, e parece que ele passou a permanecer em Roma logo após a chegada de Paulo
por volta de 60 d.C. A igreja que estava ali não foi fundada por Paulo - ele admitiu não ter estado lá (Rm 1.11-13;
15.23,24). É mais provável que a igreja tenha sido iniciada por judeus que estavam em Jerusalém para a celebração da
Páscoa, e que se converteram através do poderoso sermão de Pedro e a descida do Espírito Santo em 30 d.C. (At 2.5-40).
Esses novos crentes logo se juntaram a viajantes como Áquila e Priscila que ouviram as boas novas em outros lugares e a
levaram para Roma” (LOPES, 2010, p. 21 – acréscimo nosso).

3.3 O desejo de Paulo por Roma. O apóstolo Paulo desejava estar em Roma por pelo menos três motivos: (a) conhecer a igreja de Cristo que estava naquele lugar (Rm 1.9-11); (b) proclamar o evangelho nesta cidade, pois a pregação do Evangelho em Roma representava para o Cristianismo a conquista da maior e mais esplêndida cidade do mundo da época, pois era centro do Império e presidia magistralmente todo o mundo conhecido (Rm 1.13-16); e, (c) usá-la como ponte para
o evangelismo no Ocidente (Rm 15.24,28).

IV – ASSUNTOS BÍBLICO-TEOLÓGICOS EXPOSTOS NA EPÍSTOLA AOS ROMANOS
A epístola aos Romanos contém um alto teor bíblico teológico. Abaixo elencaremos os principais assuntos tratados
pelo apóstolo:

ASSUNTO REFERÊNCIA
A universalidade do pecado Rm 1.18-32; 2.1-29
A justificação pela fé Rm 3.20-31; Rm 4.1-25
A salvação pela graça Rm 5.1-21
A vida no Espírito Rm 6-8
O plano de Deus com a Igreja e com Israel Rm 9-11
Os deveres cristãos Rm 12-13
O relacionamento entre os irmãos Rm 14-15

CONCLUSÃO
Dentre as muitas contribuições que Paulo, o apóstolo das missões primitivas, trouxe para a Igreja de Cristo, foi a composição da teologia neotestamentária. A epístola aos romanos é uma prova desta realidade. Por meio desta, Paulo tornou conhecido o evangelho a outras nações e culturas.

Leia Mais... »

segunda-feira, 28 de março de 2016

POTE DE SORVETE DECORADO COM TECIDO



603268-Como-decorar-potes-de-sorvete-passo-a-passo-2
PASSO A PASSO PARA DECORAR UM PODE DE SORVETE COM TECIDO

Os potes de sorvete decorados vêm atualmente fazendo a cabeça das mulheres, uma vez que servem para inúmeras utilidades. Veja a seguir como dar uma vida nova a este recurso plástico, contribuindo assim com o planeta: Nos dias atuais, visto que a cada vez mais o consumo é maior, reciclar é uma tarefa não só importante, como fundamental para todas as pessoas. Desde os bancos escolares a sustentabilidade deveria ser ensinada às crianças, uma vez que ante as práticas que agridem o meio ambiente, chegamos a um nível extremamente complexo para a sociedade moderna. Assim sendo, muitos indivíduos decidem abrir oficinas que buscam retrazer este conhecimento para o mundo atual, de modo a não só praticarem a reciclagem para contribuir com o planeta, como também para apresentarem uma forma de ganharmos objetos novos ou até mesmo comercializarmos recursos de uma maneira sustentável. Isso é o que veremos nesta matéria: veja como decorar passo-a-passo um pote de sorvete e prepare-se para ter um item totalmente utilitário ao seu alcance.

A seguir veremos como fazer um modelo especial de pote de sorvete decorado com tecido.
 Você irá precisar de: 
Um pote de sorvete de 2 litros; Um retalho de um tecido de sua preferência de 9 cm x 56 cm para o corpo do pote; Um retalho de um tecido de sua preferência de 15,5 cm x 12 cm para a tampa do pote; Passamanaria; Um puxador de armário com parafusos e arruelas; Pistola de cola quente.

 Como fazer: 
Comece parafusando o puxador tampa, utilizando uma chave específica para fechá-lo. Peça ajuda de seu marido para a escolha da chave certa, uma vez que os tipos de parafusos podem variar. Posteriormente, com a pistola de cola quente ou até mesmo uma cola específica para EVA, passe por toda a extensão do pote e utilize um pincel para ajudar a espalhar, a fim de não ficar nenhum relevo na hora de colar o tecido
HELLOMOTO

Utilize sua criatividade para inserir os enfeites no pote Para o acabamento do pote de sorvete decorado, utilize a passamanaria, podendo até mesmo incluí-la na aplicação no próprio puxador. Caso queira enfeitar com acessórios opcionais como flores e crochê, laços ou lantejoulas, o seu item ficará ainda mais elaborado e bonito – use e abuse de sua criatividade!

Fonte:http://www.receitafenomenal.com.br/
Leia Mais... »

quinta-feira, 24 de março de 2016

PNEUMATOLOGIA - A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NA SALVAÇÃO

A OBRA DO ESPÍRITO NA SALVAÇÃO
Regeneração, o novo nascimento:
A regeneração:
A regeneração é o dom da graça de Deus, é a obra sobrenatural do Espírito Santo realizada no salvo após a justificação pela exclusiva determinação de Deus. A Escritura revela que o homem natural não tem a capacidade de escolher a Deus, mas que todos os salvos foram escolhidos por Ele, por isso o ‘novo nascimento’ implica não só em uma nova vida agora, como também a vida eterna no mundo do porvir.
O efeito da regeneração é fazer com que o crente passe da morte para a vida espiritual através da mudança na disposição da mente, voltando o seu pensamento e suas ações para a obediência e o prazer na Palavra de Deus, os dons concedidos na regeneração são: a fé em Cristo e o arrependimento para a vida, desta forma, a justificação antecede à fé, pois a fé é um dom de Deus procedente da salvação, sendo infundida no crente através da ação do Espírito Santo.
Uma criança pode ser regenerada, tanto quanto um adulto ou idoso ou ainda uma pessoa incapaz, não existe a consciência de quando ou onde ocorreu a regeneração, somente se pode perceber a regeneração pelo amor a Cristo e a aceitação incondicional da Palavra (veja acima: “TODA A VERDADE”).
João 3,5-7: “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo”.
John Gill: “Água e Espírito (twnv – twlm), duas palavras hebraicas que expressam a mesma coisa: “A graça de Deus derramada através do Espírito”.
Habitação:
Quando a pessoa é justificada, ela recebe o Espírito, que passa a habitar com os filhos de Deus.
1 Coríntios 6,19: “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?”.
Batismo no (ou do) Espírito:
Somente Cristo pode batizar os eleitos com o Espírito Santo, unindo todos em um só corpo que é a Igreja de Deus (a Igreja Universal), nenhuma igreja, eclesiástico ou denominação detêm o poder de batizar no Espírito ou salvar quem quer que seja.
A expressão Batismo no Espírito ou Batismo do Espírito não existe na bíblia, somente a expressão Batismo com o Espírito e somente Jesus batiza com o Espírito:
- A previsão de João Batista:
Mateus 3,11: “Eu vos batizo com {com; ou em} água, para {para; ou à vista de} arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com {com; ou em} o Espírito Santo e com {com; ou em} fogo”.
Marcos 1,8: “Eu vos tenho batizado com {com; ou em} água; ele, porém, vos batizará com {com; ou em} o Espírito Santo”.
Lucas 3,16: “Disse João a todos: Eu, na verdade, vos batizo com {com; ou em} água, mas vem o que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias; ele vos batizará com {com; ou em} o Espírito Santo e com {com; ou em} fogo”.
João 1,33: “Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com {com; ou em} água me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com {com; ou em} o Espírito Santo”.
Em todos os versos paralelos nos evangelhos, João Batista afirma o seu batismo com água para arrependimento, ao passo que Jesus iria batizar com o Espírito. Ele contrasta o sinal externo do batismo, que é a água com o sinal interno que é privativo dos eleitos de Deus por intermédio de Cristo somente: o batismo com o Espírito.
O Pentecostes:
Joel 2,28: “E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões”.
Jesus promete que ele iria batizar os apóstolos com o Espírito no dia de Pentecostes, esta é uma promessa feita através do profeta Joel no Velho Testamento que foi cumprida neste dia, mas vemos que nenhum ministro ou apóstolo efetuou o batismo, este batismo com o Espírito aconteceu espontaneamente, pela única ação de Deus em Cristo, sem adição de nenhuma iniciativa por parte dos apóstolos.
Atos 1,5: “Porque João, na verdade, batizou com {com; ou em} água, mas vós sereis batizados com {com; ou em} o Espírito Santo, não muito depois destes dias”.
O que vemos aqui é que Jesus não outorgou a nenhum dos apóstolos este batismo, ele mesmo envia o seu Espírito a batizar aqueles destinados à salvação.
O verdadeiro sentido do batismo com o Espírito está na Carta aos Coríntios, esta sim é uma declaração da universalidade do batismo como um ato salvífico de Cristo.
1 Coríntios 12,13: “Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito”.
Este verso se refere ao batismo real, aquele que não é apenas uma manifestação externa ministrada pelo homem, este batismo é o “novo nascimento” outorgado diretamente pela graça de Deus em Cristo na justificação do crente, este é um ato divino concedido a todos os que passam, pela graça de Deus, a fazer parte do reino de Deus, ou da Igreja Universal que não é conhecida dos homens, somente Deus conhece seus filhos.
João 3,6: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito”.
Este é um ato único que ocorre uma só vez na vida do eleito, a partir deste momento ele é eternamente salvo e jamais poderá perder esta salvação, pois é uma obra de Deus e não do homem, por este motivo, Jesus promete a suas ovelhas, nada menos que a vida eterna, não existe em toda a bíblia uma única justificativa, que seja, para a necessidade de uma segunda obra do Espírito na vida do crente, esta é, sem dúvida, uma heresia grave que não deve ser aceita em nenhuma hipótese.
João 10,27-29: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar”.
Não existem classes de crentes diferenciadas através de sacramentos, esta idéia é herética e antibíblica.
O maior perigo dos dons espirituais na atualidade constitui-se no ensino fundamental das igrejas pentecostais e carismáticas: O Batismo no (ou do) Espírito. Esta é uma concepção, segundo a qual o crente precisa de uma nova obra de salvação que se manifesta em dons, supostamente concedidos pelo “espírito” e imediatamente após esse “batismo”.
A consideração pentecostal é que a pessoa a ser imersa é o “velho homem”; a mesma pessoa que emerge do batismo é o “novo homem” prenunciado no evangelho. Além da necessidade totalmente antibíblica da segunda obra da salvação o Batismo no Espírito atribui ao homem que batiza a capacidade da salvação e do novo nascimento, o que é uma heresia e uma versão moderna do pecado imperdoável, pois atribui ao homem a ação do Espírito, que procede somente do Pai e do Filho.
Já foi visto acima que expressão “Batismo no (ou do) Espírito” não ocorre na bíblia, as formas em que a fórmula do batismo ocorre são: Batismo de João, Batismo de Arrependimento ou Batismo com o Espírito Santo, este último realizado exclusivamente por Jesus.
Mateus 21,25: “Donde era o batismo de João, do céu ou dos homens? E discorriam entre si: Se dissermos: do céu, ele nos dirá: Então, por que não acreditastes nele?”
Lucas 3,3: “Ele percorreu toda a circunvizinhança do Jordão, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados”.
O selo do Espírito:
Todos os homens e mulheres eleitos em Jesus Cristo têm uma garantia eterna de que perseverarão até o final e serão glorificados, essa regeneração somente pode acontecer pela obra do Espírito Santo, o selo e o penhor do Espírito são outorgados por Deus de forma imediata e permanente no ato da justificação.
É completamente errado e herético pensar que o crente somente irá receber o selo ou o penhor do Espírito pela perseverança e aperfeiçoamento após a justificação
(Lloyd Jones), o selo e o penhor do Espírito fazem parte imediata da justificação, que é um ato judicial de Deus.
2 Coríntios 1,22: “Que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração”.
Não se deve, em hipótese alguma, fazer distinções entre os crentes, sempre irão existir diferenças entre estes crentes, os dons de Deus são diversos e distribuídos pelo Espírito como convém a ele, não existem crentes mais santos ou melhores que outros, existem sim, crentes com dons diversos, mas isto não implica em diferença por classes, pois a eleição é eterna e assim é o chamado de Deus, uma vez que o crente foi justificado, ele está eternamente salvo.
A única diferença que existe é entre os eleitos e os réprobos, não importa o quanto estes réprobos sejam religiosos e falem em nome de Cristo, eles jamais aceitarão toda a Palavra sem que coloquem jeitosamente, à exemplo dos fariseus, alguma restrição.
Romanos 11,29: “Porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis”.
Encher-se do Espírito:
O enchimento com o Espírito é um dom de Deus, ninguém é capaz, por si mesmo, de atingir esta meta; a plenitude do Espírito nos crentes leva ao crescimento e amadurecimento no conhecimento e na adoração a Deus em Cristo. Este é um assunto delicado, não existe perante Deus um crente melhor ou mais habilitado que outro, não existem categorias de crentes, todos os eleitos são exatamente iguais perante Deus, pois ninguém é salvo pelos seus méritos, mas, todos são salvos somente pela justiça perfeita de Cristo, que é a mesma para todos.
Não existem pecadores condenados e santos salvos, o que existe são pecadores condenados e pecadores salvos pela justiça de Cristo. Os eleitos, já regenerados, apesar de constrangidos, continuam nos seus pecados e delitos carregando o peso do pecado original e dos pecados do dia a dia, incapazes em toda sua vida de agradar a Deus e perseverar em sua salvação à parte da comunhão permanente do Espírito.
Efésios 5,18: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”.
Isto não exime os crentes de se esforçar e procurar sinceramente dentro de si, força e determinação para cumprir os mandamentos e agradar a Deus, orando sempre e sabendo que somente irão perseverar através da graça de Deus em Cristo, aplicada pelo Espírito, todavia, o verdadeiro crente tem seu prazer e segurança na soberania de Deus.
Filipenses 2,13: “Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”.
Orientação:
Os crentes são instruídos e direcionados pelo Espírito na preservação, capacitação e orientação visando uma vida agradável a Deus, o que é impossível sem a intervenção divina, mesmo para os crentes regenerados e maduros na fé.
Gálatas 5,16: “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne”.
O Espírito Santo como Santificador
Na primeira carta do apóstolo Pedro, Deus diz: ‘Sede santos, porque eu sou santo’. O Deus cristão não é um deus caprichoso e cruel que enche seus filhos de desejos e exige continência, esta frase acima não é uma ordem, mas um decreto, tanto no Velho quanto no Novo Testamento.
Ninguém é interiormente santo no sentido de perfeição moral, a santidade no sentido da perfeição moral é própria somente de Deus, a santidade do homem se refere a um relacionamento com Deus, à simples separação entre os réprobos e os eleitos, mas jamais à perfeição moral que nunca será atingida por nenhum homem.
Por este motivo Deus envia aos seus filhos o seu Espírito que os ajuda e intercede por eles, de forma que o pecador justificado é regenerado e persevera na salvação somente pela ação contínua do Espírito durante toda sua vida terrena.
A perseverança se traduz no acatamento da Palavra de Deus e da fé em Cristo, pela qual, todo o louvor e adoração a Deus devem ser feitos conforme estabelecido em sua Palavra, todo o resto é invenção humana que nenhum valor tem para a glória de Deus e a fé em Cristo.
Apocalipse 14,12: “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus”.
O que é a justiça do salvo? A justiça do salvo é a justiça de Cristo somente, ninguém possui justiça própria que o justifique ou constitua mérito para a salvação, por este motivo a justiça de Cristo tem que ser aplicada continuamente pelo Espírito, que irá prover a preservação do crente durante toda a sua vida terrena.
1 - Em primeiro lugar, todos os salvos são santificados com base no sacrifício de Cristo, que morreu em lugar do pecador e conquistou a justiça que jamais seria possível ao homem, quem é justificado recebe, pelo Espírito, o dom da fé em Cristo, quem crê no filho de Deus recebe a sua justiça por imputação.
Mateus 9,6: “Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados—disse, então, ao paralítico: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa”.
2 - Em segundo lugar, o crente somente é santificado nesta vida pela ação do Espírito Santo, que o capacita para agir de maneira agradável a Deus, veja, por exemplo, que crentes em Filipos, que já haviam recebido a unção do Espírito, temiam a Deus e eram obedientes e disciplinados.
Filipenses 2,12-13: “Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”.
O temor a Deus somente é válido quando se acredita no Deus triúno, soberano e determinador, transcendente e acima do tempo, do universo e de todas as criaturas criadas, somente esta visão da grandiosidade e soberania de Deus, presente igualmente em todas as pessoas divinas pode levar o crente ao temor e à verdadeira adoração.
Se alguém acredita em um deus da mesma natureza que ele e este deus vai depender da vontade e decisão do homem para realizar seus planos, temê-lo seria imoral, pois ninguém deve temer uma criatura da mesma natureza, pois todo aquele que acredita no livre-arbítrio está criando uma obrigação para Deus, que deverá
salvá-lo pelos seus próprios méritos: Se existe uma obrigação de Deus para com o homem, então, por que temê-lo?
A soberania de Deus e o ministério do Espírito
A salvação é o dom de Deus em Cristo, a obediência e o desenvolvimento da salvação também é um dom de Deus através do ministério do Espírito. Se alguém faz algo agradável em relação a Deus é porque assim foi determinado, pois é Ele quem efetua tanto o querer como o realizar através do seu Espírito, por isso, o orgulho e a vaidade não têm lugar na vida do cristão, apenas o temor e a gratidão a Deus.
Tito 3,5: “Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”.
A vontade e a determinação de Deus é tão abrangente nos crentes como nos ímpios, a soberania de Deus é absoluta no bem e no mal, Deus mantém os crentes, através do Espírito, direcionados para uma vida em constante regeneração. Ao mesmo tempo, mantém os ímpios, também pelo ministério do Espírito, sempre ativamente voltados para o mal, tanto para a execução do mal em si como para receber o ministério do engano.
Não se deve confundir estes fatos; a vontade de Deus não anula a personalidade do homem, este é sempre responsável pelas suas ações em qualquer situação.
1 Pedro 2,7-8: “Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, a pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos”.

Fonte:http://www.vivendopelapalavra.com/
Leia Mais... »

PNEUMATOLOGIA- A PESSOALIDADE DO ESPÍRITO SANTO

A pessoalidade do Espírito Santo:
O Espírito Santo é descrito na Escritura como uma pessoa, tanto quanto o Pai ou o Filho. A negação da pessoalidade ou divindade do Espírito se constitui em heresia grave, pois nega a Trindade Divina e como consequência todo cristianismo. Por outro lado, existe hoje na igreja evangélica grande abuso no relacionamento com o Espírito nas religiões pentecostais e carismáticas.
É necessário muito cuidado com as referências e relações com o Espírito, não é possível ter muito ou pouco de um ser infinito, também não é possível a um ser onipresente estar em um lugar e não estar em outro, também não é possível a um ser onipotente estar em algum lugar com muito poder e em outro com menor poder, não se deve esquecer que o Espírito é Deus e usar o seu nome em vão é desobedecer aos mandamentos divinos, principalmente ao terceiro, que é o único mandamento que vem com advertência.
Êxodo 20,7: “Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”.
Nenhuma igreja ou denominação detém o poder de manipular o Espírito pretendendo fazer uso de seu poder em batismos, curas ou qualquer outra atividade, o batismo é em o nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo e não no Espírito.
João 3,8: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito”.
Provas bíblicas da pessoalidade do Espírito Santo:
O Espírito Santo Fala:
Atos 8,29: “Então, disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o”.
O Espírito Santo ensina:
João 14,26: “Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”.
O Espírito Santo busca:
1 Coríntios 2,10: “Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus”.
O Espírito Santo testemunha:
João 15,26: “Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim”.
O Espírito Santo determina:
1 Coríntios 12,11: “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente”.
O Espírito Santo intercede:
Romanos 8,27: “E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos”.
O Espírito Santo se aborrece:
Efésios 4,30: “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção”.
Estas afirmações somente podem ser dirigidas a um ser pessoal.
A divindade do Espírito Santo
O Espírito Santo é representado na Escritura como possuindo a autoridade e os atributos divinos, os Pais da Igreja nunca apresentaram dúvidas quanto à divindade do Espírito e também concordam com o fato de que ele é uma pessoa.
No velho testamento as realizações de Deus e do Espírito são usadas frequentemente de forma intercambiável.
Salmo 51,11: “Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito”.
Salmo 104,30: “Envias o teu Espírito, eles são criados, e, assim, renovas a face da terra”.
A bênção apostólica:
2 Coríntios 13,14: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós”.
A fórmula batismal:
Mateus 28,19: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.
O Espírito Santo é eterno:
Hebreus 9,14: “Muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!”
O Espírito Santo é Onipresente:
Salmo 139,7: “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?”
Deixar de reconhecer a divindade do Espírito Santo é perverter e deturpar a doutrina da Trindade, perdendo-se assim o conhecimento do verdadeiro Deus. Não há serviço ou louvor verdadeiro quando o Deus da Escritura não é cultuado: o Deus da Trindade Divina.
Oséias 6,6: “Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos”.
As obras de Deus são realizadas pelo Espírito:
Criação:
Jó 33,4: “O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo-Poderoso me dá vida”.
Encarnação:
Mateus 1,18: “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo (*)”.
(*) Pelo poder de Deus, através do Espírito Santo.
Regeneração:
João 3,5: “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”.
A nova vida:
Romanos 8,11: “Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita”.
As profecias:
2 Pedro 1,21: “Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo”.
Vê-se ainda que no livro de Isaías, onde ele apresenta o SENHOR dos exércitos falando, o apóstolo Paulo reapresenta estes mesmos versos no livro de Atos como o Espírito assumindo esta fala;
Isaías 6,5-9: “Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado.  Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim. Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede, mas não percebais”.
Atos 28,25-26: “E, havendo discordância entre eles, despediram-se, dizendo Paulo estas palavras: Bem falou o Espírito Santo a vossos pais, por intermédio do profeta Isaías, quando disse: Vai a este povo e dize-lhe: De ouvido, ouvireis e não entendereis; vendo, vereis e não percebereis”.
Novamente em Isaías, onde Deus foi contristado, o Espírito foi contristado e se tornou em inimigo pelejando contra eles.
Isaías 63,7-10: “Celebrarei as benignidades do SENHOR e os seus atos gloriosos, segundo tudo o que o SENHOR nos concedeu e segundo a grande bondade para com a casa de Israel, bondade que usou para com eles, segundo as suas misericórdias e segundo a multidão das suas benignidades. Porque ele dizia: Certamente, eles são meu povo, filhos que não mentirão; e se lhes tornou o seu Salvador. Em toda a angústia deles, foi ele angustiado, e o Anjo da sua presença os salvou; pelo seu amor e pela sua compaixão, ele os remiu, os tomou e os conduziu todos os dias da antiguidade. Mas eles foram rebeldes e contristaram o seu Espírito Santo, pelo que se lhes tornou em inimigo e ele mesmo pelejou contra eles”.
PECADOS CONTRA O ESPÍRITO SANTO
A maior prova da divindade do Espírito Santo é o pecado imperdoável conforme afirmado por Jesus quando confrontado pelos fariseus quanto à realização dos milagres em seu ministério. Os fariseus atribuíram os milagres de Jesus, executados através do Espírito Santo, a espíritos vulgares - a Belzebu, o chefe dos demônios - desprezando e blasfemando contra a ação do Espírito, o que provocou a reação de Jesus, afirmando que esta blasfêmia jamais seria perdoada neste mundo nem no mundo do provir. Esta é uma revelação inconteste da dignidade absoluta do Espírito.
A blasfêmia contra o Espírito santo:
Mateus 12, 31-32: “Por isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir”.
O Espírito Santo tem o ministério de atuar na vida dos crentes, aplicando e preservando a salvação adquirida por Cristo.
A perseverança do crente somente é possível pela ação do Espírito, o homem natural, ou mesmo o regenerado, não tem capacidade, por si mesmo, para manter sua salvação. O Espírito também atua nos homens ímpios e nos anjos caídos, mantendo-os sempre voltados para o mau, mas exercendo a função de restrição do pecado, de forma que estes homens e anjos nunca conseguem executar todo o mal que pretendem. Ele habita nos crentes e também defende o crente das operações dos ímpios e do maligno, Satanás não está autorizado a tocar nos filhos de Deus.
Jó 1,12: “Disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder; somente contra ele não estendas a mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR”.
Por tudo que já foi dito, pode-se afirmar que o Espírito é uma pessoa e sua atuação é pessoal, por isso, são revelados na bíblia, alguns pecados contra o Espírito.
Mentir ao Espírito é mentir a Deus:
Atos 5,3-4: “Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus”.
Entristecer o Espírito:
Efésios 4,30: “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção”.
Resistir ao Espírito:
Atos 7,51: “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis”.
O pecado contra o Espírito é gravíssimo, como afirmou Jesus, todavia, não se deve esquecer que as pessoas que assim o fazem foram destinadas a isso na eternidade, os ímpios existem para que a glória de Deus se manifeste na salvação dos eleitos, e continuam praticando o mal para que se encha a medida de sua iniquidade.
Gênesis 15,16: “Na quarta geração, tornarão para aqui; porque não se encheu ainda a medida da iniquidade dos amorreus”.
Mateus 23,32: “Enchei vós, pois, a medida de vossos pais”.

PRINCIPAIS HERESIAS RELACIONADAS AO ESPÍRITO SANTO
Movimentos principais: A personalidade e/ou divindade do Espírito Santo foi negada na igreja primitiva pelos monarquistas sabelianos, pelos pneumatomaquianos, arianistas e outros.
Monarquismo: A divindade e pessoalidade do Espírito Santo foram negadas por Sabellius no terceiro século desta era e deu origem ao movimento chamado monarquismo. Sabellius sustentava que não existiam três pessoas na deidade, mas um só Deus que se manifestava em três formas diferentes (modalismo).
Arianismo: O bispo Árius, da igreja de Alexandria, também no terceiro século, sustentava que Cristo foi criado por Deus como um deus de menor poder, que por sua vez trouxe à existência o Espírito Santo. Dessa forma existiam três deuses diferentes (triteísmo).
Pneumatomaquianos: Também chamados macedônios, em referência ao bispo Macedônio, opunham-se à divindade do Espírito Santo, isto foi no final do século IV.
Socinianos: Durante a reforma, os socinianos, baseados nas idéias de Lélio Socínio, propagadas por seu sobrinho Fausto Socínio, consideram que em Deus há uma única pessoa e que Jesus Cristo é um homem comum.
Unitarianismo (Os irmãos que negam a trindade): O unitarianismo foi inicialmente uma manifestação dentro da reforma protestante, o intelectual espanhol Miguel de Servetto discordou da doutrina da Trindade e publicou vários livros a este respeito dando início às primeiras igrejas unitárias, os anabatistas. Este unitarismo pode se manifestar como uma forma de modalismo, ou seja, Deus é um só que se manifesta de várias formas ao longo da história, ou ainda pode também considerar Deus como uma só pessoa que é o pai de Jesus, um homem que foi elevado à divindade no seu batismo, ou ainda uma forma de arianismo. Esta vertende existe até hoje e não há uma definição única em sua manifestação.
O testemunho Interior do Espírito Santo
A Escritura revela por si mesma a prova inquestionável de sua autoridade divina, além disso, apresenta muitos sinais desta autoridade, todavia todas essas provas e evidências não são por si mesmas suficientes para persuadir qualquer pessoa de sua veracidade. Este convencimento e persuasão somente acontecem pelo testemunho interior do Espírito Santo, este era o ensino claro dos reformistas, principalmente João Calvino.
Existe uma grande diferença entre apresentar as provas e persuadir a pessoa, é preciso sempre, expor a Palavra com veracidade, paciência e conhecimento, mas, ainda assim, o ministério do ensino pertence ao testemunho interior do Espírito Santo, que atua unicamente mediante a pregação expositiva fiel das verdades bíblicas, abrindo a mente e o coração do homem para o entendimento e aceitação da Palavra.
Por este motivo, nenhum pregador tem, por si mesmo, a capacidade de conversão de seus ouvintes a não ser pelo ministério do Espírito.
Romanos 8,16: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”.
Esta persuasão do Espírito não se manifesta em atos exteriores, nem apresenta sinais evidentes da persuasão ou conversão, como por exemplo: falar em línguas ou entrar em êxtase. Muito menos é possível que uma pessoa, seja ela quem for, possa induzir, por sua vontade, algum ato do Espírito.
João 3,8: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito”.
A ação do Espírito é interna e pessoal, não se constitui em apresentação de novas informações, nenhum segredo, nada que não seja possível pela simples leitura ou pregação. Ele simplesmente age através da Palavra em conjunção com a graça de Deus e a redenção que há em Jesus Cristo, operando a regeneração que segue à justificação. Somente a pessoa justificada por Deus consegue entender as coisas do Espírito, antes disso a mente humana somente é capaz de pensar e agir em discordância e revolta deliberada contra Deus.
1 Coríntios 2,14: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”.
Iluminação
A iluminação da pessoa destinada à salvação é um ministério do Espírito Santo, ela faz parte da graça concedida por Deus e começa no ato da justificação, despertando o interesse do crente pela Escritura, a curiosidade a respeito de Jesus Cristo, a compreensão progressiva da Palavra, a necessidade de se congregar com outros crentes e o serviço na obra de Deus.
A iluminação do Espírito se manifesta unicamente pela aceitação absoluta das verdades da Escritura - a soberania de Deus, a suficiência do sacrifício de Cristo e a total incapacidade humana - sem este entendimento, a iluminação do Espírito certamente não aconteceu, é isto exatamente o que diz Jesus.
João 16,13: “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir”.
Existe, de fato, bastante radicalismo nisso; deve-se culpar a Jesus? Ele diz que o Espírito guia a“TODA A VERDADE”. Não é uma aceitação parcial da Escritura, não é uma salvação a ser complementada, não é uma salvação a ser aceita ou rejeitada; todas essas coisas não provêm do Espírito, mas do ego humano.
O Espírito certamente guiará os filhos de Deus a “TODA A VERDADE”; ou então, o homem, ainda natural, acreditando em seus próprios méritos, engana-se a si mesmo em uma religiosidade vazia e desprovida de sentido que não leva à salvação de forma alguma, mas à hipocrisia, ao engano e à mentira.
Romanos 3,3-4: “E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem, segundo está escrito: Para seres justificado nas tuas palavras e venhas a vencer quando fores julgado”.


Leia Mais... »