Lição 7 - As Bodas do Cordeiro - 1º trimestre 2016
As Bodas do Cordeiro (Teologia Sistemetica Pentecostal)
O que são as Bodas do Cordeiro? Depois do Tribunal de Cristo, nos ares, os salvos se reunirão com o Senhor, no Céu (2 Ts 2.1), onde ocorrerão as Bodas do Cordeiro, o casamento entre Cristo e a Igreja (Ef 5.25-27; 2 Co II.2). A porta estará aberta para uma grande multidão de santos, que, a uma só voz, bradarão: “Aleluia! Salvação, e glória, e honra, e poder pertencem ao Senhor, nosso Deus” (Ap I9.I).
Fatos relacionados com as Bodas do Cordeiro. Acerca dessa grandiosa Ceia do Senhor lemos, em Apocalipse 19.7-9 e Lucas 22.29.30:
Regozijemo-nos, e alegremo-nos, demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, ejá a sua esposa se aprontou. Efoi-lhe dado que se vestisse de linho fno, puro e resplandecente; porque 0 linho fno são as justiças dos santos. E disse-me:
Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro.
E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.
E eu vos destino 0 Reino, como meu Pai mo destinou, para que comais e bebais à minha mesa no meu Reino e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel.
Os textos acima apresentam os seguintes fatos, relacionados com as Bodas do Cordeiro:
1) A Igreja do Senhor, à semelhança de uma noiva, estará pronta, preparada para as Bodas (Mt 25.10). Ela já chegará ao local do banquete ataviada, devidamente trajada com as suas vestes nupciais. E Jesus, com grande alegria, a apresentará diante de seu Pai (Mt 10.32; Ap 3.5; Ef 5.27) e dos seus anjos (Lc 12.8).
2) Haverá grande regozijo por parte dos salvos, quando entrarem na sala do banquete (cf. Ct 2.4). Ali, entoar-se-ão cânticos de adoração ao Cordeiro (Ap 5.9-11). A alegria que experimentarão não pode ser comparada a nenhum sentimento desta vida. Daí a razão de glorificarem ao Senhor em altas vozes.
3) A Noiva do Cordeiro estará vestida de linho fino, puro e resplandecente, que representa as justiças dos santos; ou seja, ela já entrará na sala do banquete galardoada, honrada pelo Noivo.
4) Há quem pense, em sua ingenuidade, que poderá exibir a sua coroa a ou- tros. Um irmão até me perguntou, certa vez: “Ninguém ficará com inveja do outro, em razão de um ter uma coroa maior ou com mais pedras?” Na passagem em análise, como já explicamos neste capítulo, vemos o que sig- nifica o galardão para a Igreja: participação no Reino de Cristo, exercendo juízo sobre as doze tribos de Israel.
5) Haverá também uma grande Ceia, e os salvos comerão à mesa do Senhor, no seu Remo. E um tanto difícil entender como será essa “alimentação” no Céu e o porquê dela, uma vez que teremos corpos glorificados, não mais sujeitos às leis da natureza (Fp 3.20,21). Esperemos, pois, a chegada daquele grande Dia, a fim de conhecermos “a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18).
Salvos de todas as partes da Terra e de todos os tempos reumr-se-ão com o Cordeiro de Deus! Os servos de Deus do Antigo Testamento conhecerão os do Novo; juntos, saudarão efusivamente os salvos de todos os períodos da História!
Imaginemos como serão os encontros de Davi com Moisés; de Daniel com José; de João Batista com Elias; de Gunnar Vingren com o apóstolo Paulo; de Maria, mãe de Jesus, com Ruth Graham; de Moody com Estevão; dos missioná- rios deste tempo, que se desgastam por amor às almas, com homens (dos quais o mundo não era digno) que, pela fé, venceram reinos, fecharam a boca dos leões, da fraqueza tiraram forças, foram apedrejados, serrados, maltratados... Glória seja dada ao Cordeiro!
BODAS DO CORDEIRO ( Material de apoio Dicionario Wycliffe)
BODAS DO CORDEIRO Esta é a grande celebração que acontecerá quando Cristo e sua igreja unirem-se para sempre (Ap 19.79).
Existem diferentes opiniões sobre quem deverá se casar com Cristo nesse momento. Ensinadores dispensacionalistas sugerem que somente os membros da igreja do NT, desde o Pentecostes até o arrebatamento, deverão constituir a noiva, porque João Batista parece se excluir de seus constituintes (Jo 3.29) e porque Israel não tem o nome
de noiva, mas de esposa, enquanto Deus retrata a Si próprio como esposo de Israel e não como seu noivo (Jr 31.32; Os 2.1-23).
Outros ponderam que a Noiva será formada pelos crentes de todas as épocas porque os santos do NT deverão participar das promessas juntamente com os santos do AT (Rm 4.16; Hb 11.39ss.). Como em Romanos 4 Paulo prova que todos, tanto dos tempos do AT como do NT, serão salvos apenas pela fé, e prossegue dizendo que os crentes participam das promessas dadas a Abraão e assim serão os herdeiros do mundo (Rm 4.13-16), os teólogos reformados sempre falaram a favor da unidade da aliança da graça em ambos os Testamentos. Eles ensinam que todos os crentes, tanto os do AT quanto os do NT, participarão igualmente da Ceia das Bodas do Cordeiro.
Na Bíblia Sagrada, assim como no Oriente Médio atual, encontramos muitas variações dos costumes relacionados ao casamento.
Daí, portanto, seria muito precipitado de nossa parte especular sobre a base das imagens encontradas nas parábolas e em outras passagens prevendo as futuras bodas de Cristo, qual seria a sua exata natureza e a ordem dos eventos a ela relacionados. Entretanto, sabemos que existem trés procedimentos básicos presentes nos casamentos do século I d.C, no oriente;
(l)o contrato de casamento, realizado muitas vezes pelos pais quando um ou os dois participantes ainda eram crianças, com a apresentação do dote da noiva e os presentes de compensação oferecidos à sua família pelo noivo para selar o pacto e unir as duas famílias (cf. Gn 34.612);
(2) uma procissão quando o casal atinge uma idade adequada, na qual o noivo vai buscar a noiva para conduzi-la até sua casa (Mt 25.1-13); e,
(3) a festa do casamento para a qual os amigos são convidados, realizada assim que o noivo chega com a noiva à sua casa (Jo 2.1-12). o simbolismo do casamento foi maravilhosamente cumprido no relacionamento de Cristo com sua igreja. O pacto do casamento é implementado no momento em que os membros da igreja são redimidos.
Cristo, o noivo, busca a sua esposa no arrebatamento (q.v.). Segue-se, então, a terceira fase, isto é, a Ceia do Casamento. A passagem em Apocalipse 19.6-9 é, na verdade, um hino profético que antevê o casamento do Cordeiro com sua Noiva, após Ele ter iniciado o reinado, e esse início não acontecerá até que Ele tenha vencido os reis da terra liderados pelo Anticristo (George E. Ladd, The Blessed Hope, pp. 99-102). Será, então, que a Ceia das Bodas terá lugar no céu ou na terra, em Jerusalém, a capital do mundo no milênio de Cristo? Poderíamos identificá-la com o banquete messiânico previsto em Isaías 25.6-9 (cf. Lc 14.7-24)?
Será que em alguma ocasião a festa de casamento poderia ser realizada na casa da noiva (Gn 29.22; Jz 14,10), se, geralmente, ela acontecia na casa do noivo (Mt 22.2ss,, Jo 2.9) e frequentemente è noite (Mt 25.6)? Não existe qualquer indicação de duas Ceias, uma na casa da noiva e outra oferecida pelo noivo.
Será que a expressão “ceia das bodas” (Ap 19.9) indica, na verdade, um acontecimento futuro, um simples banquete cerimonial?
Ou seria o conceito do casamento meramente simbólico do íntimo relacionamento do qual os santos ressuscitados continuarão a gozar ao lado de seu Noivo Celestial, como o próprio Senhor Jesus sugeriu quando disse que Ele beberia conosco do fruto da vide no reino de seu Pai (Mt 26.29; cf. Lc 13.28ss.J? Será que a igreja é consistentemente representada apenas como Noiva nas parábolas sobre o futuro casamento messiânico, ou será que essa imagem tem tantas variações que na ocasião do NT os crentes também serão considerados companheiros do Noivo (“filhos das bodas”, Mt 9.15), acompanhantes virgens (Mt 25.1-13) ou convidados do casamento (Mt 22.1-14; Ap 19.9)? A Noiva é descrita como vestida de “linho fino puro e resplandecente” e isso foi interpretado como símbolo das justiças dos santos (Ap 19.8), Desse modo, qualquer que seja a exata natureza da futura comunhão dos crentes com o Senhor, sua conduta atual será da maior importância como forma de agradar ao Noivo Celestial.
BODAS Significando “noivado” ou “compromisso de casamento”, eram consideradas quase tão sérias quanto o próprio casamento (Dt 20.7; 22.23,25,27,28; Os 2.19,20; Lc 1.27; 2,5). Isto explica a preocupação de José em relação a Maria, e sua decisão de deixá-la (Mt 1.18,19). O homem noivo era, às vezes, chamado de esposo (Dt 22.23; Mt 1.19), e a jovem, de mulher (Gn 29.21; Dt 22.23,24; Mt 1.20). Embora a Bíblia não legisle, exceto em Deuteronômio 22, quanto a um noivado rompido, o código de Hamurabi o faz. Ele exigia que, se o futuro marido rompesse o noivado, o pai da noiva poderia manter o presente para a noiva, e se o pai da noiva renunciasse, ele pagaria em dobro o presente recebido.
Dote. Um homem poderia declarar as suas intenções e efetuar um noivado estendendo a sua capa sobre a sua amada (Rt 3.9; cf. Dt 22.30; 27.20; Ez 16.8).
Figurativamente, no AT, a nação de Israel é considerada como tendo sido desposada ou como tendo noivado com Jeová no deserto (Jr 2.2; cf. Ez 16.8), mas que pela idolatria mais tarde tornou-se a esposa adúltera de Jeová (Os 2.2,16-23), agora repudiada, mas que
será finalmente restaurada. O NT se refere à igreja como a noiva desposada de Cristo (2
Co 11.2; Ef 5.25-32; Ap 19.6-8).
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