COMENTÁRIOS DE DIVERSOS ESCRITORES INTRODUÇÃO Indiscutivelmente Nabucodonosor foi o mais importante dos reis da Babilônia. Seus feitos arquitetônicos construindo cidades e palácios e sua ousadia política, além de demonstrar uma inteligência espetacular apresentam a sua história. Depois da morte de Nabucodonosor em 562 a.C., Evil-Merodaque o sucedeu no trono e, dois anos depois foi assassinado por Neriglissar, seu cunhado, mas quem veio a assumir o Trono foi Nabonido, genro de Nabucodonosor, o qual gerou o filho chamado Belsazar. Este, veio a ser co-regente com seu pai, três anos depois. Era um homem blasfemo e não sabia respeitar princípios. Sua história contém elementos de crueldade e total inclemência com os subordinados do reino. Foi, também, um homem devasso que não sabia respeitar a história nem aos valores do reino. Este capítulo descreve e registra o reinado de Nabonido por 17 anos (556-539 a.C.). Quando foi a Arábia, deixou a seu filho Belsazar como co-regente na capital do império. Ele havia sido nomeado por seu pai como seu representante na Babilônia. Era, portanto, a segunda pessoa mais importante do reino. Alguns anos haviam se passado e ao final de sua co-regência, Belsazar não contava com a invasão dos exércitos da Média e da Pérsia na Babilônia. O império caiu nas mãos dessa aliança medo-persa e um novo reino se instalou. O capítulo cinco relata essa invasão na capital babilônica. Belsazar fazia uma festa regada a vinho e sexo, quando DEUS escreveu na parede do palácio a sentença de morte e queda do império babilônico. Está registrado, também, o desrespeito com os valores religiosos das nações e como, de forma abusiva e irresponsável, ele mandou buscar os vasos sagrados do templo de Jerusalém para embebedar-se com vinho nos mesmos, Belsazar ultrapassou a medida da paciência de DEUS e, na noite de sua festa, foi morto e o reino da Babilônia foi ocupado pelos medos e persas em 539 a.C. Nesta história aprendemos que ninguém zomba de DEUS. Sua soberania jamais poderá ser questionada por simples mortais. Na onisciência divina os fatos futuros, presentes e passados são do inteiro conhecimento de DEUS. A queda do Império Babilônico havia sido profetizado pelo profeta Isaías,pelo menos uns 150 anos antes de acontecer (Is 14.3-5; 47.1,5). O profeta Jeremias também profetizou sobre tudo o que aconteceria com Israel e as invasões de Jerusalém e Judá, bem como anunciou a destruição da Babilônia (Jr 50.2; 51.53,58). Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 77-78. “Belsazar” (5-1). Por muitos anos a referência a Belsazar foi utilizada como prova de que o livro de Daniel carecia de precisão histórica e teria como origem uma data recente. Foi então que os arqueólogos descobriram evidências não somente de sua existência, mas também de seu papel de regente de seu pai, Nabonide! Assim se explica a promessa de Belsazar de fazer de Daniel “o terceiro no governo do seu reino”, quando o próprio Belsazar era apenas o segundo mais importante! Os dados apresentados como prova de que a data do livro seria recente, acabou por evidenciar que fora escrito centenas de anos antes do que se supunha, antes mesmo de que os registros históricos da era tivessem sido perdidos. “Teu pai” (5.11, 18). Apesar dessas referências, Nabucodonosor não era o pai biológico de Belsazar. Este era filho de Nabonide, que assassinara Labashi-Marduk, filho de Neriglissar, genro de Nabucodonosor que, por sua vez, matara o filho do grande rei Evil-Merodaque! As expressões “filho de” e “pai de” eram usadas comumente no mundo antigo para indicar os sucessores e predecessores de reis, tivessem ou não parentesco de verdade. RICHARDS. Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Editora CPAD. pag. 517. Queda do Império Caldeu, 5.1-31 A primeira metade do livro de Daniel é o registro de uma série de encontros cruciais entre o orgulho e poder de homens insignificantes e o grande e bondoso DEUS. Este, em última análise, dirige as ações dos homens quer eles reconheçam isso, quer não. O incidente desse quinto capítulo serve como clímax da jornada meteórica ao longo da história do reino Babilônico. Após a morte de Nabucodonosor, o seu filho, Evil-Merodaque, o sucedeu no trono. Esse é o rei que deu honra especial ao rei Joaquim, depois de 37 anos de exílio, ao soltá-lo da prisão e designar-lhe uma pensão (Jr 52.31-34; 2 Rs 25.27-30). Depois de dois anos, Neriglissar, o cunhado de Evil-Merodaque, liderou uma revolta e o assassinou. Neriglissar tinha se casado com uma das filhas de Nabucodonosor e reivindicava um certo direito real, especialmente por meio do seu filho, Labashi-Marduque. Mas o jovem não recebeu apoio e logo foi morto pelos seus amigos de confiança. Os generais e líderes políticos escolheram Nabonido, outro genro de Nabucodonosor, um auxiliar experimentado e de confiança durante a maior parte do seu reinado. Nitocris, filha de Nabucodonosor, deu um filho a Nabonido. Seu nome era Belsazar. Por causa do seu sangue real, Belsazar, três anos após a ascensão de Nabonido ao trono, foi feito co-regente com seu pai. Ele tinha a incumbência de governar a cidade e província da Babilônia. Esse foi o rei Belsazar descrito por Daniel, como os caracteres cuneiformes têm revelado após décadas de confusão sobre a sua identidade, mesmo entre estudiosos conservadores. Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 515.



