LIÇÃO 7 – VISTA O “SOBRETUDO”, MEU FILHO!
Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
Inteirar-sedo conteúdo e propósito Carta ao Colossenses, conscientizando-se que o servo de Deus deve conscientizar-se da necessidade de buscar os dons espirituais, principalmente o fruto do Espírito.
Para refletir
“E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, {ou amor} que é o vínculo da perfeição.”(Cl. 3.14 – ARC)
Quando Cristo é tudo em nós, as mais preciosas qualidades aparecem, o amor flui em nosso coração e o Nome do Senhor é glorificado em nossas vidas.
Texto Bíblico: Cl. 3.1-16
Introdução
O amor de Deus por você é incondicional e eterno.
Acolha essa verdade em seu coração para que Deus entre em sua vida com Seu amor ímpar, ininteligível; basta você abrir a porta do seu coração para que Ele entre e você comece a experimentar uma nova vida, plena de amor, paz, alegria.
Deus, em Sua infinita misericórdia, ama você, como você é, na situação em que você se encontra.
Então, transmita esse amor aos que se aproximam de você no dia de hoje e sempre.
Ele é o vínculo da perfeição.
O nosso amor é imperfeito, mas o “AMOR DE DEUS é o Vínculo da Perfeição!
Epistola aos Colossenses
Autor: Paulo
Data:Cerca de 61 d.C.
Tema:A Supremacia e Suficiência de Cristo. Os Colossenses estavam propensos à rituais e cerimônias, bem como a culto a anjos. Paulo trata do assunto apresentando-lhes o incomparável caráter de Cristo, bem como Sua Supremacia sobre todas as coisas sejam visíveis ou invisíveis.
Palavras-Chave:plenitude, conhecimento, sabedoria, mistério.
Contexto Histórico e Data
Paulo nunca tinha visitado Colossos, uma pequena cidade na província da Ásia, cerca de 160 km de Éfeso. A igreja foi uma conseqüência de seu ministério de três anos em Éfeso, por volta de 52-55 d.C. (At 19.10; 20.31). Epafras, um nativo da cidade e provavelmente convertido pelo apóstolo, talvez tenha sido o fundador e líder da igreja (1.7-8; 4.12-13). A igreja aparentemente se reunia na casa de Filemom (Fm 2).
Estudiosos conservadores acreditam que esta carta foi escrita em sua primeira prisão romana, por volta de 61 d.C.
Em algum momento da prisão de Paulo, Epafras solicitou sua ajuda para lidar com a falsa doutrina que ameaça a igreja em Colossos (2.8-9). Aparentemente, essa heresia era um mistura de paganismo e ocultismo, legalismo judaico e Cristianismo. O erro parece com uma antiga forma de gnosticismo, que ensinava que Jesus não era nem completamente Deus e nem completamente homem, mas apenas um dos seres semi-divinos que ligavam o abismo entre Deus e o mundo.
Conteúdo
Nenhum outro livro do N.T. apresenta mais completamente autoridade universal de Cristo ou a defende tanto cuidado. Combativo em tom e abrupto em estilo, Colossenses tem uma semelhança próxima com Éfesios em linguagem e assunto. Mais de setenta dos 155 versos de Éfesios contêm expressões que ecoam em Colossenses. Por outro lado, Colossenses tem vinte e oito palavras que não se encontram em mais nenhum outro lugar escrito de Paulo, e trinta e quatro que não se encontra em lugar nenhum do N.T.
Os falsos mestres em Colossos tinham rebatido algumas das principais doutrinas do Cristianismo, nada menos que a divindade, a autoridade absoluta e suficiência de Cristo. Colossenses apresenta Cristo como o Senhor supremo cuja suficiência o crente encontra perfeição (1.15-20). Os primeiros dois capítulos apresentam e defendem essa verdade; os últimos dois desvendam as implicações práticas.
Em Jesus habita a totalidade dos atributos, essência e poder divinos (1.19; 2.9). Ele é a revelação e representação exata do Pai, e tem prioridade em tempo e primazia em categoria sobre toda a criação (1.5). Sua suficiência depende de sua superioridade. A convicção da soberania absoluta de Cristo impulsionou a atividade missionária de Paulo (1.27-29).
Paulo declara a autoridade de Cristo de Três formas primarias, proclamando, ao mesmo tempo, sua adequação:
- Cristo é o Senhor de toda a criação. Sua autoridade criativa abrange todo o universo material e espiritual (1.16). Como isso inclui os anjos e planetas (1.16; 2.10), Cristo merece ser louvado ao invés dos anjos (2.18). Além disso, não há motivo para temer os poderes espirituais demoníacos ou buscar supersticiosamente a proteção deles, pois Cristo neutralizou o poder deles na cruz (2.15), e os colossenses compartilhavam de seu triunfante poder de ressurreição (2.20). Como soberano e potestade suficiente, Cristo não é apenas o Criador do universo, mas também o preserva (1.17), é seu princípio de união e meta (1.16).
- Jesus é o superior na igreja como seu Criador e Salvador (1.18). Ele é a vida e líder dela, e a igreja só deve submeter-se a ele. Os colossenses dever permanecer arraigados a ele ( 2.6-7) ao invés de se encantarem com especulações e tradições vazias (2.8,16-18)
- Jesus é supremo na salvação (3.11). Nele somem todas as distinções criadas pelo homem e caem as barreiras. Ele transformou os cristãos em uma única família onde os membros são iguais em perdão e adoção; é ele quem importa, em primeiro e em último lugar. Portanto, contrário à heresia, não há qualificações ou exigências especiais para vivenciar o privilégio de Deus (2.8-20).
Os caps. 3-4 lidam com as implicações práticas de Cristo na vida diária dos colossenses. Paulo usa a palavra “Senhor” nove vezes em 3.1-4.18, o que indica que a supremacia de Cristo invade cada aspecto de seus relacionamentos e atividades.
Lado a Lado com o Pai
Como estar lado a lado com o Pai, com o Deus Todo-Poderoso.
Geralmente os amigos tendem a pensar da mesma forma, gostar das mesmas coisas. Assim é também se quisermos estar lado a lado com Deus.
“Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra...”(Cl. 3.2)
Esse verso pode equivocadamente ser compreendido como uma fuga aos assuntos que estão acontecendo na terra, para uma dedicação exclusiva àquilo que somente, diz respeito ao “céu”. Seria um “escapismo irresponsável”.
Mas, não é essa a proposta do texto. O que temos nesse verso é a seguinte verdade: nossa mente deve estar programada para avaliar todos os acontecimentos terrenos pelos referenciais divinos.
Isso significa que, se a nossa mente não estiver suficientemente saturada com os valores de Deus, não conseguiremos saber qual é a opinião dos céus sobre qualquer assunto que estiver se desenrolando aqui na terra. É aquilo que Watchman Nee vai dizer: “Se alguém permitir que sua cabeça cesse de pensar, pesquisar, decidir e de examinar sua experiência e ação à luz da Bíblia, está praticamente convidando Satanás a invadir sua mente e enganá-lo”.
É preciso que selecionemos cuidadosamente os nossos pensamentos. Podem até passar em nossa mente cerca de sete mil pensamentos por dia, mas só serão acolhidos por nós àqueles que forem: “verdadeiros, honestos, justos, puros, amáveis, de boa fama, virtuosos e louváveis...” (Fp. 4.8).
Um outro dado importantíssimo nessa esfera do pensamento é que “a sua maneira de pensar determina a sua maneira de sentir, e sua maneira de sentir determina sua maneira de agir”. Por esta razão, na sua prática você está desenvolvendo aquilo que potencialmente foi gerado em sua mente.
Ora, se Cristo atuar inicialmente em sua mente, logo, podemos adiantar que seus hábitos diários serão melhores e bem mais saudáveis. Não é a toa que o termo bíblico para arrependimento é metanoia que significa “mudança de mente”.
Quando você submeter o domínio de sua mente a Jesus, permita-o varrer todo o interior de seu ser para reprogramar o seu “jeito de pensar”, para que sua vida possa ser vivida em um nível ainda mais excelente.
Charles H. Spurgeon vai sugerir o seguinte: “Se você deseja que Cristo habite permanentemente em você, dê-lhe todas as chaves de seu coração; não deixe nenhum armário trancado; mostre-lhe a fechadura de cada cômodo e as trancas de cada aposento”.
É fato consumado que Cristo não tem nenhum interesse em agir na sua vida, se não houver de sua parte o aval para que Ele intervenha em todo o seu ser. E isso porque “quem tem acesso ao controle de sua mente é você!
Por isso que, ao invés de ficar desenvolvendo pensamentos ruins na vida, experimente semear pensamentos de vida, para que a sua existência encontre um sentido para você.
Isso me faz lembrar a história de uma senhora que partiu de uma estação de trem com uma sacola contendo sementes. E aos poucos, no trajeto de sua viagem, ela jogava um pouquinho em cada ponto. Intrigado um jovem resolveu perguntar por que ela ficava jogando algo no chão durante a viagem. E ela gentilmente respondeu: “olha meu jovem, eu tenho que fazer esse trajeto duas vezes por ano. E eu sempre achei a paisagem desse lugar muito feia, sem vida, seca, sem brilho algum. Então resolvi comprar um punhado de sementes, e aproveito minha viagem para semear sementes de flores ao invés de ficar reclamando da feiúra do lugar. Você está vendo aquelas violetas? Plantei-as no ano passado. E aquelas roseiras? Elas foram semeadas há dois anos...
Nunca se canse de pensar nas coisas que são de cima, porque as coisas da terra já estão totalmente corrompidas. Não se esqueça do salmo 121:
Esse verso pode equivocadamente ser compreendido como uma fuga aos assuntos que estão acontecendo na terra, para uma dedicação exclusiva àquilo que somente, diz respeito ao “céu”. Seria um “escapismo irresponsável”.
Mas, não é essa a proposta do texto. O que temos nesse verso é a seguinte verdade: nossa mente deve estar programada para avaliar todos os acontecimentos terrenos pelos referenciais divinos.
Isso significa que, se a nossa mente não estiver suficientemente saturada com os valores de Deus, não conseguiremos saber qual é a opinião dos céus sobre qualquer assunto que estiver se desenrolando aqui na terra. É aquilo que Watchman Nee vai dizer: “Se alguém permitir que sua cabeça cesse de pensar, pesquisar, decidir e de examinar sua experiência e ação à luz da Bíblia, está praticamente convidando Satanás a invadir sua mente e enganá-lo”.
É preciso que selecionemos cuidadosamente os nossos pensamentos. Podem até passar em nossa mente cerca de sete mil pensamentos por dia, mas só serão acolhidos por nós àqueles que forem: “verdadeiros, honestos, justos, puros, amáveis, de boa fama, virtuosos e louváveis...” (Fp. 4.8).
Um outro dado importantíssimo nessa esfera do pensamento é que “a sua maneira de pensar determina a sua maneira de sentir, e sua maneira de sentir determina sua maneira de agir”. Por esta razão, na sua prática você está desenvolvendo aquilo que potencialmente foi gerado em sua mente.
Ora, se Cristo atuar inicialmente em sua mente, logo, podemos adiantar que seus hábitos diários serão melhores e bem mais saudáveis. Não é a toa que o termo bíblico para arrependimento é metanoia que significa “mudança de mente”.
Quando você submeter o domínio de sua mente a Jesus, permita-o varrer todo o interior de seu ser para reprogramar o seu “jeito de pensar”, para que sua vida possa ser vivida em um nível ainda mais excelente.
Charles H. Spurgeon vai sugerir o seguinte: “Se você deseja que Cristo habite permanentemente em você, dê-lhe todas as chaves de seu coração; não deixe nenhum armário trancado; mostre-lhe a fechadura de cada cômodo e as trancas de cada aposento”.
É fato consumado que Cristo não tem nenhum interesse em agir na sua vida, se não houver de sua parte o aval para que Ele intervenha em todo o seu ser. E isso porque “quem tem acesso ao controle de sua mente é você!
Por isso que, ao invés de ficar desenvolvendo pensamentos ruins na vida, experimente semear pensamentos de vida, para que a sua existência encontre um sentido para você.
Isso me faz lembrar a história de uma senhora que partiu de uma estação de trem com uma sacola contendo sementes. E aos poucos, no trajeto de sua viagem, ela jogava um pouquinho em cada ponto. Intrigado um jovem resolveu perguntar por que ela ficava jogando algo no chão durante a viagem. E ela gentilmente respondeu: “olha meu jovem, eu tenho que fazer esse trajeto duas vezes por ano. E eu sempre achei a paisagem desse lugar muito feia, sem vida, seca, sem brilho algum. Então resolvi comprar um punhado de sementes, e aproveito minha viagem para semear sementes de flores ao invés de ficar reclamando da feiúra do lugar. Você está vendo aquelas violetas? Plantei-as no ano passado. E aquelas roseiras? Elas foram semeadas há dois anos...
Nunca se canse de pensar nas coisas que são de cima, porque as coisas da terra já estão totalmente corrompidas. Não se esqueça do salmo 121:
“Elevo os meus olhos para os montes (de cima) de onde me vem o socorro.. O meu socorro vem do Senhor (de cima) que fez os céus e a terra.”
O negócio é “olhar para cima”, pois é de lá que vem a nossa PAZ e assim estaremos andando lado ao lado com o Pai.
O negócio é “olhar para cima”, pois é de lá que vem a nossa PAZ e assim estaremos andando lado ao lado com o Pai.
Vestindo uma roupa especial
Através dos versículos propostos nesta lição vemos o apóstolo Paulo lembrando aos crentes colossenses que eles eram pessoas especiais, em face de sua nova vida com Cristo, e que precisavam demonstrar isso perante o mundo, principalmente quando em volta deles havia um movimento herético sutil, sorrateiro e perigoso. Ele ensina que eles não poderiam descuidar-se da condição de “santos e fiéis”, “santos e amados” do Senhor. Paulo enfatiza o ensino tomando a figura do despir-se e do vestir-se para exemplificar a diferença entre o passado e o presente dos colossenses e de todos aqueles que venham aceitar a Cristo como Senhor e Salvador. Ele os lembra do valor do perdão, da longanimidade e de outras importantes virtudes cristãs que devem compor o “vestuário” espiritual dos centres e dá ensino significativo sobre o louvor genuíno ao Senhor Jesus.
Revestir pode significar vestir uma roupa por cima da outra. Na vida espiritual é, exatamente isto que não deve ser feito. Paulo disse aos colossenses que era necessário primero “despojar-se”, ou despir-se da roupagem usada pelo “velho homem” - “Mas, agora, despojai-vos também de tudo....”(3.8).
Vestir “roupas novas” sem tirar as “roupas velhas”, melhora a aparência aos olhos dos homens, cria uma imagem de “santificação” aparente; pode até melhorar o visual, a exemplo do que acontece com algumas religiões, porém não foi o que o Senhor Jesus recomendou a Nicodemos, um homem de bem, honrado e bom cidadão. Para Jesus, não bastava revestir Nicodemos com uma capa de “santidade”. Para ele se tornar um cidadão do céu era necessário despir-se do “velho homem”, e, para isto, era necessario ser gerado de novo, ou seja, regenerado –“Jesus respondeu e disse-lhe: na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus”(Jo. 3.3).
Este “novo homem” não pode continuar usando as “roupas velhas” pertencentes ao“velho homem”, pois a natureza do “novo homem” rejeita as roupas velhas que detinham o “velho homem”. Esta é uma das diferenças entre um crente convertido e um crente apenas convencido. O crente convertido, na hora de sua conversão, ou seja, no momento em que ele aceitou o Senhor Jesus como seu único e suficiente salvador, o “velho homem” com sua velha natureza, morreu, como afirmou Paulo:
“Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus”(Col 3.3).
Em seu lugar surge um “novo homem”, dotado de uma “nova natureza”. Essa “nova natureza” rejeita aquelas coisas materiais que eram aceitas e agradáveis ao “velho homem”, com sua velha natureza carnal. Dentre estas coisas se destacam “... a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência e a avareza, que é idolatria”(Col.3.5)
Com base nos termos acima podemos afirmar que o crente convertido é aquele que passou pelo processo do novo nascimento, conhecido como regeneração. Ele evita o pecado não pelo fato de ser proibido, mas pelo fato de não ter prazer no pecado – “... pois já vos despistes do velho homem com seus feitos”(Col 3.9). Porém, o crente, apenas convencido não “morreu” para o mundo e o pecado, mas, tão somente, revestiu-se com uma “capa de santidade”, conservando, por baixo, as roupas do “velho homem”, o qual continua vivo. Esse homem parece ser crente só na aparência, pois sua natureza, por não ter sido transformada, continua tendo prazer nas cousas do mundo e no pecado, os quais são os mais responsáveis pelos escândalos que ocorrem no meio evangélico.
O REVESTIMENTO DO CRISTÃO (3.12)
Vejamos a lista das coisas com as quais os eleitos, que são os crentes, devem revestir. Paulo aqui descreve o caráter do verdadeiro e genuíno cristão, o que deve ser o conteúdo do crente, o que deve ser a comprovação de que se está diante de um salvo, não apenas pelo que ele não tem (o que já vimos na lição anterior), mas, também, pelo que ele tem, o que estamos a denominar de “lado positivo da salvação”.
1) Entranhas de misericórdias
Originalmente, entranhas, aqui, refere-se aos principais órgãos internos, especialmente os intestinos – “Ora, este adquiriu um campo com o galardão da iniqüidade; e, precipitando-se, rebentou pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram”.(Atos 1.18).
Estes órgãos eram considerados a sede das paixões e afeições mais profundas –“ Pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus, com que o oriente do alto nos visitou” ( Lc 1.78).
Misericórdia –Originalmente esta palavra aqui combina a idéia de "dó" e "bondade" e é melhor traduzida por compaixão (Rom. 12.1).Também se faz alusão a um coração profundamente compassivo como o de Jesus, conforme vemos em Mt.9.36 “E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor.”
O crente em Jesus deve amar não apenas de palavra, de lábios,mas do íntimo do seu ser- “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade(I Jo 3.18).
A misericórdia é, também, uma bem-aventurança. “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia" (Mt.5.7), disse Jesus no sermão do monte. Os filhos de Deus, por serem misericordiosos e estarem semeando o bem, certamente colherão a bondade divina e, no dia do arrebatamento, serão poupados da ira do Senhor (1Ts.1:10), em mais uma demonstração de misericórdia do Senhor para com o seu povo.
2) Benignidade
É a qualidade daquele que só faz o bem. Combina a idéia de "bondade" e "ajuda” - “Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus”.(Ef. 2.7). Nosso amor pelos outros deve resultar em mais do que palavras – “E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano; E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? (Tg. 2.15, 16).
Na vida de um crente em Cristo Jesus, que é fundamentada no amor, não há espaço para a prática do mal. Amar é a palavra de ordem. E Jesus disse que devemos amar até os nossos inimigos – “Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus” (Mt.5.44).
3) Humildade
A humildade é a terceira “entranha” mencionada por Paulo, a qual nos fala da nossa conscientização de que somos criaturas de Deus e que devemos lhes ser obedientes e submissos. A nossa comunhão com Deus deve nos trazer um sentimento de humildade, ou seja, temos de reconhecer que nada somos, mas que Jesus é tudo em nossas vidas. Tudo na vida do crente deve ser feito com humildade – “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.”(F.2.3); “Semelhantemente vós jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”(I Pe. 5.5).
A única forma de alguém ser humilde é tendo comunhão com Deus através de Jesus Cristo, porquanto só Jesus nos pode ensinar a respeito de humildade, pois é Ele o exemplo perfeito da humildade, vez que, “… sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte e morte de cruz”(Fp.2:5-8). Por isso, o próprio Cristo afirmou: “… aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração e achareis descanso para as vossas almas” (Mt.11:29b).
4) Mansidão
A mansidão é a quarta “entranha” mencionada pelo apóstolo Paulo. Mansidão na vida do crente fiel não é fruto de fraqueza moral, mas é “fruto do Espírito” (veja Gl.5.22). Ela faz parte das bem-aventuranças mencionadas por Jesus no sermão do monte – “Bem- aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra” (Mt. 5.5).
Embora os homens achem que a terra será herdada pelos grandes guerreiros, pelos grandes estrategistas, pelos donos das armas mais poderosas do mundo, na verdade, quem vai herdar a terra são os mansos, aqueles que forem discípulos do Senhor. O povo de Israel chegou à terra prometida porque, entre outras coisas, tinha um líder manso, mansidão que foi fundamental para manter a unidade e a sobrevivência do povo durante a mudança de geração no deserto. Esta mesma mansidão tem de estar na liderança da igreja, nestes dias em que as Assembléias de Deus estão, também, mudando de geração.
5) Longanimidade
A longanimidade (ou paciência) é a quinta “entranha” mencionada por Paulo. Ela está sempre vinculada à esperança – “Lembrando-nos sem cessar da obra da vossa fé, do trabalho do amor, e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai”(I Ts 1.3).
Ela é testada na hora da provação, quando se é afrontado, ofendido.
A longanimidade também gera uma bem-aventurança. É mais do que feliz o longânimo, porque, como Jesus nos ensinou, "bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus." (Mt.5.10). Aqueles que suportam a perseguição, a aflição, esperando no Senhor, terão a vitória, porque não confiam em carros nem em cavalos, mas fazem menção do nome do Senhor (Sl.20.7), não o negando com atos precipitados e carnais. “Sê bom soldado de Cristo Jesus, sofrendo as aflições. Não sufocando a mensagem da cruz nas perseguições. Vai Seu amor proclamando, novas de paz, sim, levando, aos que estão aguardando a salvação." (3ª estrofe do hino 394 da Harpa Cristã). O cristão sabe que, se padece com Cristo, com este mesmo Cristo será glorificado (Rm 8.17).
SUPORTANDO-VOS E PERDOANDO-VOS (3.13)
1) Se algum tiver queixa contra outro(3.13)
Outra característica que Paulo diz haver no cristão verdadeiro e genuíno é a capacidade de perdoar. Paulo diz que os crentes devem perdoar uns aos outros e, “… se alguém tiver queixa contra outro, assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também…” (Cl.3:13b).
Não resta dúvida de que se trata esta de uma das mais difíceis tarefas impostas a um ser humano, mas, se realmente estamos em Cristo, se estamos ligados na videira verdadeira, o perdão deve ser algo incondicional, costumeiro e natural a um crente. Jesus perdoa todos os pecados, exceto a blasfêmia contra o Espírito Santo (porque não é dirigida a Ele, mas a Terceira Pessoa da Trindade), de forma que, assim ensinou o apóstolo, temos de perdoar todas as ofensas que sejam cometidas contra nós. Perdão envolve total esquecimento, perdão envolve total desconsideração da ofensa cometida, perdão envolve retorno da situação anterior à ofensa. Não nos esqueçamos de como Jesus nos ensinou a orar: “perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.”(Mt.6:12).
2) O sobretudo cristão(3.14)
O “homem novo”, o homem com natureza espiritual, aquele que é formado pelo novo nascimento, ou, simplesmente, o homem salvo, para estar bem protegido, precisa ser coberto por três camadas de vestes diferentes, usando-se a linguagem figurada da vestimenta empregada por Paulo.
Ele é vestido com vestes de salvação, revestido com as virtudes cristãs, “e sobre tudo isto...”, um revestimento de amor.
Primeira camada: Vestir-se da Salvação
O profeta Isaias escreveu: “Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegrará no meu Deus; porque me vestiu de roupas de salvação, cobriu-me com o manto de justiça...”(Is.61:10). Estas “vestes de salvação” precisam ser conservadas puras, e com elas o homem deve permanecer vestido “em todo o tempo”, na expressão usada por Salomão: “Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça”(Ec. 9.8). Sem estas “vestes alvas” com as quais o homem é vestido pelo próprio Deus, no momento em que ocorre o novo nascimento, o homem não entrará no céu. Todas as vezes que João viu os salvos no céu eles trajavam vestes brancas –“Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar... trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos”(Ap 7:9).
Segunda camada: Revestir-se das Virtudes Cristãs(constantes do versículo 12
“Revestir-se, pois, como eleitos de Deus...” – Revestir-se, aqui, fala de superposição, ou seja, vestir uma veste sobre a outra. Como foi visto na primeira camada o “eleito de Deus” já está vestido com vestes de salvação, tendo, anteriormente, sido despido ou despojado de suas sujas e velhas. Qualquer que queira revestir-se das virtudes cristãs precisa, primeiro, despir-se “... do velho homem com os seus feitos”, ou seja, abandonar a velha maneira de viver. Isto só é possível quando o homem aceita o Senhor Jesus como seu único e suficiente Salvador, quando, então, cumpre-se o que Paulo afirmou:”... se alguém está em Cristo nova criatura é...”. A natureza espiritual desta “nova criatura”, agora chamada de “filho de Deus”, rejeita as “roupas velhas” manchadas pelo pecado que antes eram usadas pelo “velho homem”, chamado de filho da desobediência. É por isso que Paulo diz: ” Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, a afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria; Pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência; Nas quais, também, em outro tempo andastes, quando vivíeis nelas. Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca”(Cl 3:5-8).
Terceira Camada: Revestir-se de amor
A primeira camada são as vestes da salvação. Esta primeira camada vai sendo revestida pela segunda, formada pelas virtudes cristãs (3.12). Depois para formar a terceira camada, Paulo, sempre usando as vestimentas em sentido figurado, diz:” “E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, que é o vínculo da perfeição”(3.14).
“Vinculo”,aqui, tem o sentido de: aquilo que ata, liga, ou aperta duas ou mais coisas, por isso é que se fala que o amor une perfeitamente todas as coisas. Em linguagem figurada, aqui, Paulo diz que o amor representa aquela última peça de roupa que, para o homem, pode ser o casaco, ou sobretudo, debaixo do qual todas as peças de roupa ficam bem protegidas e em condições de cumprir, cada uma, o seu papel ou a sua função.
Sendo então a última peça do vestuário que compõe as virtudes cristãs, então o amor tem que ser visível aos olhos de todos, através do que falamos e fazemos. João escreveu:” Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão”(1 Jo 4.20-21).
Conclusão
Deus quer que o homem, através de seu filho Jesus Cristo se torne um novo homem, ou uma nova criatura, pelo milagre da transformação que é o novo nascimento, podendo, assim, revestir-se das Virtudes Cristãs.
Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª Jaciara da Silva